Tipo específico de dieta está associado ao aumento do risco de Alzheimer

A adoção de uma uma dieta não saudável pode comprometer significativamente a saúde do cérebro e do corpo

Pesquisadores australianos acreditam que este seja o primeiro estudo a relacionar dieta baseada em ultraprocessados ao Alzheimer – iStock/Getty Images
Créditos: Depositphotos/NewAfrica
Pesquisadores australianos acreditam que este seja o primeiro estudo a relacionar dieta baseada em ultraprocessados ao Alzheimer – iStock/Getty Images

 O consumo regular de uma dieta baseada no consumo de alimentos ultraprocessados e à base de carne, como pizzas e hambúrgueres, pode aumentar o risco de Alzheimer, indica estudo conduzido por pesquisadores das universidades Bond e Griffith, na Austrália. Ao todo, o experimento entrevistou 438 adultos, 108 dos participantes tinham diagnóstico de Alzheimer e os restantes 330 eram saudáveis.

As evidências levaram os pesquisadores a observar que pessoas com Alzheimer tinham uma tendência incomum: consumir alimentos como tortas de carne, salsichas, presunto, pizza e hambúrgueres com maior frequência do que os demais. Outro ponto observado é que esses pacientes também consumiam menos frutas, vegetais e vinho.

Por que a dieta aumenta o risco de Alzheimer? 

Para os cientistas está provado o impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados para o declínio cognitivo. Isso por que, de acordo com os resultados, esse grupo específico de alimentos possui uma menor concentração de nutrientes e fibras e um maior teor de açúcar, gordura e sal. 

Segundo Tahera Ahmed, bioestatística e autora do estudo, a adoção de uma uma dieta não saudável pode comprometer significativamente a saúde do cérebro e do corpo. “Esses hábitos alimentares contribuem para problemas vasculares e obesidade, destacando a relação dessas condições com o risco de desenvolver demências”. 

Como reduzir o risco de Alzheimer? 

Doença degenerativa que provoca a perda das funções cognitivas do cérebro, como a memória, o Alzheimer se trata de uma condição que tende a progredir ao longo dos anos. Por isso, o seu diagnóstico precoce é fundamental para atrasar o seu avanço.  No entanto, os mesmos reconhecem que muitos outros fatores do estilo de vida, como os padrões de sono e a prática de atividade física, também interagem e podem diminuir o risco de uma pessoa desenvolver Alzheimer.