Toxoplasmose: Conheça os sintomas e como evitar a infecção
É importante destacar que, contrariamente ao mito popular, o contato direto com gatos não transmite a doença
A toxoplasmose é uma infecção provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii, sendo a transmissão principal via ingestão de água ou alimentos contaminados. Enchentes podem aumentar significativamente o risco de contaminação.
Conforme o Ministério da Saúde, a doença geralmente não leva a complicações sérias e é tratável com medicamentos que aliviam os sintomas. Existem também antiparasitários específicos que ajudam a inativar a infecção, embora não eliminem completamente o parasita.
Na forma aguda, a toxoplasmose pode causar inchaço nos gânglios linfáticos, cansaço extremo, perda de apetite, febre e dores musculares por cerca de um mês. Nos casos mais graves, a toxoplasmose pode causar danos ao cérebro, olhos ou outros órgãos.
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Embora geralmente assintomática, a doença pode ser severa em bebês cujas mães foram infectadas durante a gestação e em pessoas com sistema imunológico debilitado, como portadores de HIV, transplantados e pacientes em tratamento contra o câncer. Boas práticas de higiene pessoal e dos alimentos, além de um acompanhamento pré-natal adequado para gestantes, são medidas eficazes para prevenir a toxoplasmose.
É importante destacar que, contrariamente ao mito popular, o contato direto com gatos não transmite a doença. O risco está no contato com fezes contaminadas de felinos e no consumo de água ou alimentos mal lavados ou mal cozidos, como esclarece o Ministério da Saúde.
Abaixo, veja as recomendações do Ministério da Saúde, divulgadas pelo Portal do Governo, para prevenir a toxoplasmose
- Consuma água tratada, se possível. Se não, utilize filtros ou ferva a água por 5 minutos antes de consumir;
- Limpe as caixas d’água regularmente e mantenha-as bem vedadas;
- Cubra as caixas de areia onde as crianças brincam para evitar que os gatos as utilizem;
- Não alimente gatos com carne crua ou malpassada;
- Limpe a caixa de areia dos gatos de estimação diariamente (gestantes e pessoas com baixa imunidade devem evitar o manuseio das caixas). Quando possível, utilize máscara e luvas, e sempre lave bem as mãos com sabão após a limpeza;
- Aqueça cortes inteiros de carne vermelha a pelo menos 65,6°C, com 3 minutos de repouso após o cozimento; carne moída e carne de caça selvagem a 71,1°C e aves a 73,9°C (o cozimento de micro-ondas não é confiável para matar o protozoário);
- Congele carnes a uma temperatura de -12°C;
- Lave bem as mãos após o manuseio de carnes cruas ou frutos do mar, assim como as bancadas e utensílios;
- Evite beber leite não pasteurizado e produtos lácteos feitos com leite não pasteurizado;
- Lave bem as frutas e legumes com água tratada antes de descascá-las e comê-las.
Leptospirose no Brasil
Em 2023, o Brasil registrou 3.128 casos confirmados de leptospirose, resultando em 258 óbitos e uma taxa de letalidade de 8,2%. As regiões Sul e Sudeste foram as mais afetadas, com 1.119 e 1.021 casos, respectivamente.
A leptospirose é uma doença causada por bactérias do gênero Leptospira, transmitida principalmente pelo contato com a urina de ratos infectados ou com água e lama contaminadas. Em regiões propensas a enchentes, a incidência pode aumentar mais de 10 vezes, conforme alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A bactéria invade o corpo humano por meio de mucosas na boca, nariz e olhos, além de penetrar pela pele em casos de exposição prolongada à água contaminada, sendo feridas e cortes portas de entrada facilitadas.
Devido à limitação dos testes, que detectam a leptospirose apenas após uma semana do início dos sintomas, é essencial procurar atendimento médico imediatamente ao suspeitar da infecção, para iniciar o tratamento com antibióticos o mais cedo possível.
*Com informações do Ministério da Saúde e do Portal do Governo.