Tratamento inovador devolve o tom da pele de quem sofre vitiligo

23/02/2018 22:56 / Atualizado em 25/06/2019 16:51

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale descobriram como tratar o vitiligo de forma curiosa: segundo dados publicados na revista JAMA Dermatology, estudiosos notaram que um medicamento criado para tratar pacientes com artrite reumatoide é capaz de devolver a pigmentação da pele de pessoas com vitiligo.

Comandada pela equipe do cientista Brett King , a pesquisa estuda o vitiligo, doença autoimune onde as células do sistema de defesa do organismo atacam os melanócitos, responsáveis por produzir melanina para a pele.

Antes e depois da paciente em teste
Antes e depois da paciente em teste

A instituição divulgou um comunicado oficial sobre a pesquisa, onde explicam que já houve registros de ótimos resultados no teste em camundongos, ao tratá-lo com “Tofacitinib”, droga desenvolvida pela Pfizer, a fim de tratar psoríase em placas, doença que produz áreas vermelhas escamosas na pele.

  • Na prática

Juntamente com a cientista Brittany Craiglow, Brett King testou a hipótese por meio da administração da substância em uma paciente com diagnóstico de vitiligo. A mulher, de 53 anos, tem prognóstico de proeminentes manchas brancas que cobriam grande parte de suas mãos, rosto e corpo em geral.

Passados dois meses de testes a paciente apresentou recuperação parcial do tom de sua pele em áreas afetadas. Após cinco meses, as manchas praticamente desapareceram.

Vitiligo

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados.

Embora as causas da doença ainda sejam claras, há fenômenos autoimunes que parecem estar associados a ela. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.

Alguns tratamentos ajudam a uniformizar o tom da pele, mas os resultados variam de pessoa para pessoa. Entre as opções, há cremes de corticosteroides, cremes à base de vitamina D e terapias de luz.