Tratamento para espinhas: conheça os prós e contras do Roacutan
O medicamento é utilizado em casos de acne severa, mas causa muitos efeitos colaterais
A isotretinoína, conhecida comercialmente como Roacutan, é uma droga famosa tanto por seus poderes de cura da acne quanto por seus perigosos efeitos colaterais. A lista é grande e esse é um dos principais motivos que fazem com que alguns pacientes rejeitem o tratamento.
A pílula comumente indicada em casos de acne severa realmente funciona. Isso porque ela atua diretamente sobre as glândulas sebáceas, basicamente, reduzindo-as de tamanho e a quantidade de óleo que elas produzem e também o número de bactérias na pele.
Nos últimos anos, no entanto, tem aparecido histórias de adolescentes e jovens adultos desenvolvendo depressão, perdendo todo o cabelo e até cometendo suicídio depois de tomar o remédio.
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Não que seja fácil conseguir o medicamento. Para compra-lo é preciso uma prescrição médica depois de uma consulta minuciosa, além de exames. Por isso, a decisão pelo tratamento deve ser tomada sempre em conjunto com o dermatologista e com os familiares do paciente quando este for menor de idade.
Efeitos colaterais
Como toda medicação, o Roacutan também apresenta efeitos colaterais; entre eles estão:
- Ressecamento da pele;
- Ressecamento dos olhos;
- Ressecamento dos lábios;
- Queda de cabelos;
- Sangramento de nariz;
- Sangramento de gengivas;
- Dores musculares;
- Depressão.
Os efeitos adversos são geralmente reversíveis, com a alteração da dose ou interrupção do tratamento, mas alguns podem persistir após a suspensão da medicação.
Contraindicações
De acordo com a bula, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres gestantes ou que possam ficar grávidas durante o tratamento, pois pode causar defeitos na face, no coração e no sistema nervoso do feto. Lactantes e pacientes com alergia à isotretinoína também não devem utilizar o Roacutan, bem como os alérgicos à soja, já que há óleo de soja na composição da fórmula.
Confira abaixo algumas reações possíveis de aparecer:
Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento): anemia, aumento nas plaquetas ou diminuição da contagem plaquetária (trombocitopenia), elevação da taxa de sedimentação, blefarite (inflamação na borda da pálpebra), conjuntivite, irritação ocular, ressecamento ocular, elevações transitórias e reversíveis de transaminases hepáticas, fragilidade cutânea, prurido (coceira na pele), ressecamento da pele e dos lábios, mialgia (dores musculares), dores articulares, lombalgia (dor na região lombar), aumento de triglicérides e colesterol séricos, diminuição de HDL.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue), dor de cabeça, ressecamento da mucosa nasal, hematúria (presença de sangue na urina), proteinúria. Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): depressão, reações alérgicas da pele, hipersensibilidade sistêmica, alopecia reversível (queda temporária de cabelos e pelos).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): infecções bacterianas locais ou sistêmicas por microrganismos gram-positivos (Staphylococcus aureus), linfadenopatia (crescimento de um ou mais gânglios, especialmente dos situados no pescoço, axilas e virilha), diabetes mellitus, células brancas na urina, hiperuricemia (aumento dos valores do ácido úrico no sangue), aumento da pressão intracraniana, alterações comportamentais, tentativa de suicídio, suicídio, convulsões, tontura, insônia, letargia (temporária e completa da sensibilidade e do movimento), parestesia, desmaio, distúrbios visuais, catarata lenticular, visão turva, distúrbios visuais de cor, intolerância a lentes de contato, opacidade da córnea, distúrbios da adaptação ao escuro (visão noturna diminuída), ceratite, fotofobia, papiledema como sinal de hipertensão intracraniana benigna, redução da audição em algumas frequências e zumbido, broncoespasmo (particularmente em pacientes com uma história prévia de asma), colite (inflamação do cólon), ileíte (inflamação do íleo) e hemorragia gastrointestinal, náusea, diarreia grave, doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn.
Pacientes tratados com Roacutan, especialmente aqueles com altos níveis de triglicérides, apresentam risco de desenvolver pancreatite (pancreatite fatal raramente relatada). Hepatite, palpitação, taquicardia, exantema (manifestações na pele características de uma doença infecciosa e contagiosa com presença de febre), acne fulminante, piora da acne (ocorre no início do tratamento e persiste durante várias semanas), dermatite facial, distrofia ungueal (modificação na forma e função da unha), hirsutismo (desenvolvimento exagerado de pelos), granuloma piogênico (com formação de pus), paroníquia (infecção da pele que fica ao redor das unhas da mão ou do pé), sudorese (aumento de suor), hiperpigmentação da pele, fotossensibilidade, aumento na formação de tecidos de granulação. Hiperosteose (hipertrofia do tecido ósseo), artrite, calcificação dos ligamentos e tendões, redução na densidade óssea, fechamento epifisário (parte dos ossos longos relacionada ao crescimento) prematuro, tendinite, glomerulonefrite (inflamação dos glomérulos dos rins), vasculite (inflamação da parede dos vasos) (por exemplo, granulomatose de Wegener), vasculite alérgica, inchaço e cansaço. Reações sem frequência estabelecida: diminuição da contagem de células brancas sanguíneas, alterações de células vermelhas (como redução da contagem de células vermelhas e hematócritos), respostas alérgicas, infecções (incluindo herpes simples disseminado), irregularidades menstruais, alterações urogenitais não específicas, doença vascular trombótica, perda de peso e diminuição da espessura de cabelos.
Leia mais sobre as reações e o perigo de superdosagem aqui e aqui.