Três doses da Pfizer neutralizam variante Ômicron, conclui estudo
Segundo farmacêuticas, a dose de reforço aumenta os anticorpos em 25 vezes na comparação com as duas doses
Um estudo preliminar feito pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech descobriu que duas doses da vacina podem não ser suficientes para proteger contra a variante Ômicron do coronavírus, mas que três doses são capazes de neutralizar a nova cepa. O resultado da investigação foi divulgado nesta quarta-feira, 8.
Segundo um comunicado das empresas, a dose de reforço da Pfizer-BioNTech é capaz de aumentar os anticorpos em 25 vezes, na comparação com as duas doses.
Apesar de as duas doses do imunizante não proteger completamente contra a cepa, os dados indicam que elas evitam as formas graves da infecção pela Ômicron.
- Hábitos diários para ajudar a reduzir o risco de demência
- Pesquisa revela o que os brasileiros consideram essencial ter em voos longos
- Saiba identificar sintomas de autismo em adultos
- Qual a relação entre o consumo de chocolate amargo e redução da pressão alta
“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa Ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.
As empesas afirmaram que continuarão coletando dados dos laboratórios e acompanhando a eficácia da vacina no mundo real contra a nova variante.
O comunicado cita ainda que uma vacina específica contra a Ômicron já está em desenvolvimento e que deve estar pronta até março.
Dose de reforço no Brasil
No Brasil, a dose de reforço da Pfizer está liberada para todas as idades. A indicação é aplicá-la seis meses depois do esquema vacinal completo (duas doses). Porém em alguns estados, a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 foi adiantada. Em São Paulo, por exemplo, o intervalo é de 4 meses.
Variante Ômicron
A variante Ômicron causou preocupação pelo número alto de mutações que apresenta. São 50, no total, sendo a maioria na proteína spike, parte do vírus que faz a invasão das células humanas.
Porém, até agora, as pessoas diagnosticadas com a nova cepa não evoluíram para quadros graves e não há nenhum óbito associado à variante.