Tumor de garoto com câncer diminui após tratamento com cannabis
Um menino de quatro anos que sofria com um tumor cerebral agressivo – que chegou a ser diagnosticado como letal – está em recuperação e já vai à escola após um tratamento à base de cannabis.
O pequeno britânico William Frost teve o diagnóstico do câncer em 2014 e, após diversas sessões de quimioterapia e algumas cirurgias, seus pais, Steve e Hilary, ouviram dos médicos em 2016 que a doença havia avançado para um estágio fatal, segundo matéria do Meto UK.
“Estávamos desesperados e dispostos a tentar qualquer coisa – quando lemos a pesquisa sobre cannabis e tumores, aquilo nos deu esperança”, diz o pai.
- Entenda por que, segundo a ciência, esta atividade ajuda a reduzir o risco de câncer de próstata
- 4 sinais de alerta que podem indicar câncer renal
- Quais sinais de demência alertam já ser hora de procurar um médico
- Entenda o que é câncer no estágio 4 e o que pode ser feito
Uma clínica privada prescreveu um tratamento feito com cannabidiol (CBD) – um produto feito a partir da cannabis que não contém tetrahydrocannabinol (THC), o composto que altera a consciência das pessoas.
Os pais do garoto decidiram usar essa alternativa e logo tiveram uma surpresa. Poucos meses após o início do tratamento, foi constatado que o tumor de William havia diminuído aproximadamente dois terços. A qualidade de vida da criança melhorou a ponto dele poder retornar a escola.
Agora o caso está sendo analisado por uma pesquisa do Nottingham’s Children’s Brain Tumour Research Centre (Centro de pesquisas de tumores cerebrais infantis de Nottingham), na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, sobre como o CBD pode reduzir células de câncer infantil no cérebro.
O professor Richard Grundy, que lidera as pesquisas do projeto, frisou a importância do estudo: “Tumores cerebrais são as principais causas de mortes relacionadas a câncer entre crianças no Reino Unido, mas a doença recebeu menos de um por cento da renda do fundo de pesquisa concedida pelo governo. É muito importante obtermos provas científicas e objetivas da eficácia do medicamento nesses casos”.