Uso da internet reduz risco de ter esta doença grave, sugere estudo
Para o estudo, os pesquisadores levaram em conta fatores de risco, como nível educacional, origem étnica, gênero, geração e outros
Pesquisadores da renomada Universidade de Nova York realizaram um estudo e descobriram que passar cerca de duas horas por dia navegando na internet pode contribuir para a redução do risco de demência.
Porém, em outro experimento, eles concluíram que o risco de ter a doença pode aumentar entre aqueles que utilizam a internet por mais de oito horas por dia.
Por oito anos, os estudiosos analisaram 18.000 adultos, com idades entre 50 e 65 anos. Então, a cada dois anos, entre 2002 e 2018, os participantes respondiam um questionário sobre o uso da internet para diversas atividades. O que inclui envio de e-mails, compras online, navegação na web e planejamento de viagens.
- Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
- Como reconhecer a deficiência de vitamina K e seus efeitos no corpo?
- Atletas de final de semana: 5 principais fatores que podem levar à artrose do joelho
- Carnes processadas elevam risco de hipertensão, mostra estudo brasileiro
Essas entrevistas visavam avaliar a frequência com que os voluntários utilizavam a internet.
Internet tem papel preventivo contra doença
Os resultados obtidos foram impressionantes. Aqueles que faziam uso regular da internet apresentaram um risco 50% menor de serem diagnosticados com demência em comparação com os que não utilizavam a web.
No início do estudo, nenhum dos participantes apresentava demência. Contudo, ao final do período de pesquisa, aproximadamente 5% do grupo, ou seja, 1.183 pessoas, acabaram sendo diagnosticadas com a doença.
O detalhamento dos resultados mostra que:
- no grupo de indivíduos que faziam uso frequente da internet, apenas 1,5% dos participantes (224 de 10.333) receberam o diagnóstico de demência;
- já no grupo que não utilizava a internet regularmente, o índice foi de 10,45%, com 959 casos de demência entre os 7.821 participantes.
Para a análise, os pesquisadores levaram em conta outros fatores de risco, tais como nível educacional, origem étnica, gênero, geração e sinais de declínio cognitivo.
Diante dos resultados, eles acreditam que o uso moderado da internet pode desempenhar um papel preventivo contra a demência, pois estimula as pessoas a adquirirem novas habilidades e reduz o sentimento de solidão. Os resultados se assemelham às descobertas de estudos anteriores.
Embora os resultados sejam promissores, é válido destacar que o estudo possui caráter observacional, o que significa que não é uma verdade absoluta.