Farmacêutica anuncia vacina 100% eficaz contra casos graves de covid

Imunizante usa tecnologia mais tradicional e pode ser armazenado em temperaturas típicas de geladeira

Duas doses de uma nova vacina contra a covid-19 alcançaram 100% de eficácia contra casos graves e hospitalizações, anunciou a farmacêutica francesa Sanofi, que teve a parceria do laboratório britânico GSK no desenvolvimento do imunizante.

Ainda segundo o anúncio, a vacina Sanofi-GSK pode ser um reforço eficaz para quem já tomou qualquer outro imunizante contra o coronavírus, já que que ela aumentou os níveis de anticorpos em 18 a 30 vezes.

Vacina Sanofi-GSK se mostrou 100% eficaz contra casos graves da covid
Créditos: FG Trade/istock
Vacina Sanofi-GSK se mostrou 100% eficaz contra casos graves da covid

Os resultados positivos aparecem depois de um ano de testes e adiamentos. Agora, as empresas vão pedir autorização de uso nos EUA e países da União Europeia.

Em estudos de laboratório, duas doses da vacina Sanofi-GSK forneceram mais anticorpos neutralizantes do que uma vacina de mRNA aprovada, de acordo com as empresas. Os dados ainda não foram publicados. A vacina se mostrou segura e bem tolerada por adultos de todas as idades, disseram as empresas.

Como funciona a tecnologia da vacina Sanofi-GSK?

O melhor alvo para as vacinas contra a covid-19 é uma proteína chamada pico que cobre a superfície do vírus como uma coroa. Enquanto as vacinas de mRNA contêm as instruções genéticas para produzir a proteína, a vacina Sanofi-GSK usa uma versão ligeiramente modificada da própria proteína para estimular uma resposta imune.

 A nova vacina age de uma maneira diferente contra o coronavírus
Créditos: koto_feja/istock
 A nova vacina age de uma maneira diferente contra o coronavírus

Essa é uma abordagem comumente usada para vacinas e, portanto, pode convencer algumas pessoas que hesitaram em adotar a tecnologia de mRNA mais recente.

As vacinas à base de proteínas também são relativamente baratas de fabricar e podem não exigir o armazenamento ultrafrio necessário para as vacinas de mRNA.

Esses recursos as tornam candidatas mais prováveis ​​para implantação em países africanos onde a cobertura vacinal ainda é muito baixa.