Vacina contra câncer de pulmão reduz risco de morte em 41%

Tratamento se mostrou eficaz até em casos avançados da doença

Uma nova esperança para pacientes com câncer de pulmão está chegando. A revista científica Anais da Oncologia registrou recentemente os promissores resultados da vacina Tedopi, que se mostrou capaz de reduzir o risco de morte em 41% no período de um ano.

Este avanço foi particularmente eficiente entre os pacientes com a forma mais comum de câncer de pulmão – câncer de pulmão de células não pequenas – geralmente causado pelo tabagismo. Ainda mais impressionante, os resultados foram verificados mesmo em pacientes cujo câncer se encontrava em estado de metástase, onde o tumor já havia se espalhado além do local original.

Vacina contra câncer de pulmão reduz risco de morte em 41%
Créditos: utah778/istock
Vacina contra câncer de pulmão reduz risco de morte em 41%

Quem está por trás dessa inovação na luta contra o câncer?

A Tedopi é uma criação da Ose Imunotherapeutics, uma empresa baseada em Nantes, na França. A companhia francesa, que já foi destaque por distribuir notícias animadoras para quem luta contra o câncer, afirmou que a Tedopi é uma “vacina pronta para uso”. Ela não apenas apresenta um potencial para reduzir o risco de morte, mas seus estudos sugerem que também pode promover uma melhoria na qualidade de vida do paciente.

O que torna a Tedopi tão promissora no combate ao câncer de pulmão?

Ao contrário da prevenção contra o câncer, a Tedopi é usada para tratar o câncer de pulmão. Sua ação é semelhante à vacina tradicional. A vacina possui proteínas semelhantes às dos tumores, que estimulam as células de defesa do corpo, conhecidas como linfócitos T. Essas células, então, reconhecem e eliminam as células do câncer.

Existem outras vacinas que têm se mostrado eficientes contra diferentes tipos de câncer. Em dezembro de 2022, a Moderna e a Merck realizaram um ensaio preliminar de uma vacina de RNA mensageiro contra o melanoma em estágio avançado, uma forma agressiva de câncer de pele. A BioNTech e a Roche, por sua vez, também têm registrado progressos significativos no tratamento de pacientes com câncer no pâncreas.