Vacina experimental contra o câncer mostra avanços promissores
Uma vacina experimental contra o câncer apresentou resultados promissores, com controle do crescimento do tumor; veja os resultados
Uma nova vacina baseada em mRNA está demonstrando resultados positivos em pacientes com câncer em estágio avançado, de acordo com um estudo conduzido pelo King’s College London, na Inglaterra.
O experimento, em fase 1, focou em pacientes com tumores sólidos, incluindo câncer de pulmão e melanoma, e os resultados preliminares indicam que essa imunoterapia pode ser uma opção inovadora no combate ao câncer.
Como a vacina atua no corpo?
A vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, que já foi amplamente usada nas vacinas contra a covid-19.
No entanto, ao invés de prevenir uma infecção, essa vacina treina o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas existentes.
Além disso, ela ajuda a impedir que as células tumorais suprimam a resposta imune, o que reduz a chance de o câncer retornar.
“Este estudo que avalia uma imunoterapia de mRNA contra o câncer é um primeiro passo importante no desenvolvimento de um novo tratamento para pacientes com câncer avançado”, afirmou o pesquisador chefe do estudo, Debashis Sarker.
Quais foram os resultados iniciais?
A primeira fase do estudo foi realizada com 19 pacientes e teve como foco a segurança e tolerabilidade do tratamento.
Entre os 16 pacientes que passaram por avaliação imunológica, metade conseguiu controlar o crescimento do tumor. Não houve desenvolvimento de novos tumores entre os participantes, o que sugere um possível efeito positivo da vacina.
Os resultados também indicam que a vacina ativa células imunológicas no sangue capazes de identificar proteínas associadas ao câncer, como PD-L1 e IDO1.
A vacina é segura?
Os efeitos colaterais observados foram leves, como dor no local da injeção, febre e fadiga, o que aponta para uma boa tolerabilidade do tratamento até o momento.
No entanto, os pesquisadores recomendam cautela na interpretação dos dados, visto que a amostra ainda é pequena. Mais estudos serão necessários para confirmar a eficácia e segurança da vacina em um número maior de pacientes.
Essa nova abordagem imunoterápica traz esperança para o tratamento de tumores avançados e pode representar uma alternativa valiosa no futuro combate ao câncer.