Vacina experimental contra o câncer mostra avanços promissores

Uma vacina experimental contra o câncer apresentou resultados promissores, com controle do crescimento do tumor; veja os resultados

16/09/2024 17:44

Uma nova vacina baseada em mRNA está demonstrando resultados positivos em pacientes com câncer em estágio avançado, de acordo com um estudo conduzido pelo King’s College London, na Inglaterra.

O experimento, em fase 1, focou em pacientes com tumores sólidos, incluindo câncer de pulmão e melanoma, e os resultados preliminares indicam que essa imunoterapia pode ser uma opção inovadora no combate ao câncer.

Vacina experimental contra o câncer mostra avanços promissores
Vacina experimental contra o câncer mostra avanços promissores - iStock/herstockart

Como a vacina atua no corpo?

A vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, que já foi amplamente usada nas vacinas contra a covid-19.

No entanto, ao invés de prevenir uma infecção, essa vacina treina o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas existentes.

Além disso, ela ajuda a impedir que as células tumorais suprimam a resposta imune, o que reduz a chance de o câncer retornar.

“Este estudo que avalia uma imunoterapia de mRNA contra o câncer é um primeiro passo importante no desenvolvimento de um novo tratamento para pacientes com câncer avançado”, afirmou o pesquisador chefe do estudo, Debashis Sarker.

Quais foram os resultados iniciais?

A primeira fase do estudo foi realizada com 19 pacientes e teve como foco a segurança e tolerabilidade do tratamento.

Entre os 16 pacientes que passaram por avaliação imunológica, metade conseguiu controlar o crescimento do tumor. Não houve desenvolvimento de novos tumores entre os participantes, o que sugere um possível efeito positivo da vacina.

Os resultados também indicam que a vacina ativa células imunológicas no sangue capazes de identificar proteínas associadas ao câncer, como PD-L1 e IDO1.

A vacina é segura?

Os efeitos colaterais observados foram leves, como dor no local da injeção, febre e fadiga, o que aponta para uma boa tolerabilidade do tratamento até o momento.

No entanto, os pesquisadores recomendam cautela na interpretação dos dados, visto que a amostra ainda é pequena. Mais estudos serão necessários para confirmar a eficácia e segurança da vacina em um número maior de pacientes.

Essa nova abordagem imunoterápica traz esperança para o tratamento de tumores avançados e pode representar uma alternativa valiosa no futuro combate ao câncer.