Vacina para rinite: entenda como funciona e quem pode tomar
O imunizante seria capaz de diminuir as crises, impedir a evolução do quadro para asma e minimizar o uso de antialérgicos
Só quem tem rinite sabe o quão desagradável é passar pelas crises. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), mais de 40 milhões de brasileiros sofrem com os efeitos dessa reação alérgica. O que nem todo mundo sabe é que existe uma vacina para rinite.
A imunoterapia para alérgenos é um tratamento que, quando realizado com a indicação correta, apresenta com bons resultados aos pacientes.
O método consiste na aplicação do alérgeno, em doses graduais, por um período variável de 1 a 3 anos e pode ser indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólen, fungos e venenos de insetos.
De acordo com a otorrinolaringologista Milena Costa, no começo, o paciente faz aplicações semanais da vacina com uma quantidade leve do princípio ativo. “Caso não haja nenhuma resposta negativa, a fórmula é reforçada e a administração, reduzida, podendo chegar à frequência de apenas uma vez ao mês”, explica.
O objetivo é modificar o sistema imunológico do paciente para torná-lo mais resistente aos agentes causadores daquela rinite.
Segundo a médica, principal vantagem da vacina é que, diferente da medicação convencional, a eficácia se mantém por anos.
O imunizante também seria capaz de diminuir as crises, impedir a evolução do quadro para asma e minimizar o uso de antialérgicos, que causam sonolência.
“Durante o tratamento é fundamental o acompanhamento de um profissional especializado, pois a vacina, feita a partir do agente causador da alergia, pode desencadear reações alérgicas locais e generalizadas. Também é importante ressaltar que ela não cura de fato a rinite, apenas diminui a sensibilidade do paciente ao agente causador da alergia, fazendo com que a condição se torne completamente imperceptível com o tempo”, alerta a Dra. Milena.
Quem pode tomar a vacina para rinite?
A vacina é indicada apenas aos que produzem anticorpos chamados Imunoglobulina E, conhecida como IgE, e funciona melhor para pacientes alérgicos a poucas substâncias, no entanto, é necessário que um alergista analise o caso.
O tratamento com a vacina não é recomendado para pessoas com doença coronariana, que usem determinado grupo de anti-hipertensivo ou que sofram de outras doenças do sistema imunológico, como imunodeficiências e doenças autoimunes.