Vício em séries pode trazer danos à saúde, apontam estudos
Fadiga, distúrbio de sono e doenças cardiovasculares estão entre os problemas desencadeados pelo hábito
O inocente hábito de sentar-se ao sofá para assistir séries todas as noite pode não ser tão inofensivo quanto se achava. Vários estudos realizados em universidades de todo o mundo relacionam o excesso desse costume com o risco elevado de desenvolvimento de problemas para a saúde.
O fenômeno é tão comum que preocupa especialistas, segundo uma reportagem do jornal americano The Washintgon Post. O problema é que as sessões em frente à TV estão substituindo o tempo que poderia ser dedicado à prática de atividades físicas, convívio social e sono. Fatores que, quando ausentes, influenciam na perda da qualidade de vida e desenvolvimento de doenças.
O jornal cita vários estudos, como o realizado em 2017 pela revista Journal of Clinical Sleep Medicine, que observou que pessoas que assistem muita TV apresentam fadiga aumentada, além de insônia.
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Outro pesquisa, feita pela Universidade Estadual de Michigan, relaciona ainda o hábito a escolhas alimentares menos saudáveis e a comportamentos sedentários. De acordo com os especialistas, tudo isso poderia afetar o sistema cardiovascular, a visão e capacidades sociais.
Além disso, outras pesquisas já mostraram que ficar sentado por longos períodos pode elevar o risco de síndrome metabólica, que pode levar a doenças cardíacas, derrames , diabetes tipo 2 e trombose venosa profunda.
O neurologista e diretor do centro de distúrbios do sono de Michigan Medicine, Ronaldo Chervin, diz que assitir a vários epsódios de uma série na Netflix, por exemplo, antes de dormir pode impactar negativamente no sono não só por uma noite, mas várias seguidas.
Isso acontece, segundo ele, porque as tela de TV e computador emitem luz de espectro amplo que retarda a liberação de melatonina (hormônio do sono), alterando o ciclo e padrão do sono.
E segundo os estudiosos, quando dormimos pouco, temos mais propensão a desenvolver depressão e apresentar falhas de memória.