Quando se discute paternidade ativa – assunto recorrente aqui no Catraquinha – , a questão não se esgota em falar sobre o papel do pai na criação dos filhos, é preciso discutir também a desigualdade de gênero, afinal, ela afeta não só o dia dia das mulheres e mães, mas também o próprio modo como a sociedade percebe e enxerga a maternidade. E isso influencia o acolhimento às mulheres no mercado de trabalho, na família e na sociedade em geral.

Com o objetivo de propor essa reflexão – afinal, o que a maternidade tem a ver com a desigualdade de gênero? – a Naya Health, startup criada por uma mãe empreendedora americana que comercializa bombas de seio para amamentação, produziu um vídeo que faz pensar utilizando o humor como fio condutor.

O vídeo inverte os papéis entre homens e mulheres e faz pensar sobre a questão de gênero associada à maternidade.

No vídeo, a ‘brincadeira’ (entre aspas, afinal, a condição desigual vivenciada pelas mulheres em pleno século XXI nada tem de lúdica) é colocar homens no lugar das mulheres no período de lactação e todas as situações comuns que ele traz: seios inchados, leite que vaza, dores no peito, etc. Ao inverter os papéis, é possível ver claramente a diferença de tratamento recebida pelos homens, principalmente na relação com os colegas de trabalho.

Apesar de ser uma peça de humor, o vídeo levanta questões mais profundas do que a própria crítica que ele sugere, e serve como uma boa ferramenta de tomada de consciência sobre o assunto. Afinal, qual foi a última vez que olhamos feio para uma mulher amamentando em público?

No lugar dos olhares tortos e do preconceito comumente direcionado às mulheres, os “homens que amamentam” do vídeo recebem compreensão e acolhimento: a famosa “brotheragem” que caracteriza o comportamento machista reproduzido na sociedade. Assista:

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https://www.youtube.com/watch?v=Rko_jlXgiy8
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