Vilões à mesa: ingredientes ocultos podem provocar doença cardíaca
Entenda por que algumas substâncias podem colocar as pessoas em risco de doenças cardíacas mortais
Alguns ingredientes, geralmente presentes em alimentos processados, podem não só afetar negativamente a saúde, mas também colocar as pessoas em risco de doenças cardíacas mortais, conforme um estudo francês.
A exemplo dos emulsificantes, usados para fazer com que alimentos como sorvetes, lanches e refeições prontas durem mais e tenham um gosto melhor. O estudo vincula o consumo desses aditivos alimentares a um aumento no risco de doença cardíaca.
Por que os emulsificantes causam doenças cardíacas?
O estudo francês, que envolveu mais de 100 mil adultos, descobriu que diferentes emulsificantes podem desencadear diferentes problemas cardíacos, incluindo acidente vascular cerebral e doença cardíaca coronária, que afeta as artérias.
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Análises anteriores sugeriram que os aditivos podem interromper as boas bactérias intestinais e aumentar a inflamação, tornando as pessoas potencialmente mais suscetíveis a problemas cardíacos.
Por isso, o autor do estudo, Dr. Bernard Srour, orientou as pessoas a “reduzirem” a quantidade de alimentos ultraprocessados que consomem, a fim de se manterem saudáveis.
Risco dos aditivos
A pesquisa, publicada no British Medical Journal, concluiu que adultos que comiam mais alimentos ricos em aditivos presentes em alimentos gordurosos, como margarina e salsichas, tinham uma chance maior de sofrer um acidente vascular cerebral. Enquanto produtos de panificação, como croissants, tornavam a doença cardíaca coronária mais provável.
O Dr. Srour reconheceu que o estudo encontrou apenas uma pequena associação entre emulsificantes e doença cardíaca. No entanto, ele disse que as descobertas ainda são importantes, dado que esses aditivos alimentares são usados em muitos alimentos ultraprocessados amplamente consumidos.”Os resultados contribuirão para a reavaliação das regulamentações relativas ao uso de aditivos alimentares na indústria alimentar para proteger os consumidores”, afirmou.