Vilões ou aliados da saúde? Estudo revela verdade sobre chocolate, café e vinho

Muitos acreditam que alimentos como café, chocolate e vinho devem ser evitados para manter a saúde. No entanto, um estudo revelou que esses itens podem, na verdade, ser grandes aliados na prevenção de problemas metabólicos e cardiovasculares.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) e o Hospital das Clínicas da USP, acompanharam mais de 6 mil brasileiros ao longo de oito anos.

Os resultados mostraram que o consumo regular de alimentos ricos em polifenóis – como café, chocolate e vinho – pode reduzir em até 23% o risco de desenvolver síndrome metabólica.

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Como os polifenóis ajudam na saúde?

Os polifenóis são compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que atuam diretamente na regulação dos níveis de glicose, no controle da pressão arterial e na redução da inflamação crônica – fatores essenciais para prevenir doenças metabólicas e cardiovasculares.

Os polifenóis estão presentes em diversos alimentos, incluindo:

• Café e vinho: ricos em ácidos fenólicos, que ajudam a controlar a pressão arterial.
• Chocolate e frutas: contêm flavonoides, que auxiliam na saúde cardiovascular.
• Sementes e laranja: possuem lignanas, que contribuem para o equilíbrio metabólico.
• Uva roxa e vinho tinto: são fontes de estilbenos, conhecidos por seus benefícios para o coração.

Os efeitos na saúde cardiovascular

A pesquisa também analisou os impactos dos polifenóis em condições como hipertensão, resistência à insulina e triglicerídeos elevados. Os participantes que consumiam mais desses compostos tiveram:

• Essas substâncias reduziram em até 30 vezes as chances de elevar a pressão arterial;
• Menor risco de desenvolver resistência à insulina;
• Chance 17 vezes menor de apresentar triglicerídeos elevados.

Com base nos achados, esses alimentos podem ser considerados aliados da saúde quando consumidos com moderação e dentro de uma dieta equilibrada.

O estudo reforça que, longe de serem vilões, eles podem ter um papel protetor contra doenças metabólicas e cardiovasculares, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.