Vitamina D: quem pode tomar de acordo com as novas diretrizes?

A suplementação, quando necessária, deve ser feita com acompanhamento médico, evitando o risco de excessos e assegurando os benefícios dessa vitamina

20/12/2024 17:04

A vitamina D desempenha um papel crucial na saúde óssea e em várias outras funções do organismo, mas sua deficiência tem se tornado um problema crescente, mesmo em países com ampla exposição solar, como o Brasil.

Manter os níveis de vitamina D em dia é essencial para uma vida saudável
Manter os níveis de vitamina D em dia é essencial para uma vida saudável - Gala_Kavun/depoistphotos

Em novembro de 2024, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou suas diretrizes, recomendando a suplementação de vitamina D para todas as crianças e adolescentes até 18 anos, substituindo a orientação anterior, que limitava a suplementação apenas até o primeiro ano de vida.

Por que a nova recomendação foi necessária?

A atualização foi motivada por novos estudos que destacaram a importância da vitamina D na prevenção de condições como o raquitismo, infecções respiratórias e problemas na saúde óssea.

Além disso, foi observado que fatores como a redução da exposição solar e a dieta inadequada têm contribuído para o aumento da deficiência dessa vitamina em crianças e adolescentes.

Embora a vitamina D seja sintetizada principalmente pela pele com a exposição ao sol (cerca de 90%), muitos jovens têm uma rotina mais sedentária e passam mais tempo em ambientes fechados, o que contribui para a deficiência. Além disso, alimentos ricos em vitamina D, como peixes de água fria e fígado de boi, não fazem parte da alimentação habitual da maioria dos brasileiros, agravando a situação.

Níveis recomendados de vitamina D

De acordo com as novas diretrizes, a recomendação é de 600 UI diárias para crianças acima de 1 ano e adolescentes. Para bebês com menos de 12 meses, a dosagem recomendada é de 400 UI diárias.

Vale destacar, no entanto, que a suplementação deve ser sempre feita com acompanhamento médico, pois o excesso de vitamina D pode levar a problemas de saúde, como hipercalcemia (nível elevado de cálcio no sangue), que pode afetar os rins e outros órgãos.

A necessidade de suplementação de vitamina D pode variar de acordo com fatores, como a cor da pele, o estágio da puberdade, a composição corporal e a localização geográfica. Em regiões com menos exposição solar, a deficiência de vitamina D é mais comum.

Além disso, crianças que praticam atividades ao ar livre e possuem uma dieta rica em alimentos fontes dessa vitamina podem não precisar de suplementação. Por isso, cada caso precisa ser analisado individualmente.

Riscos da suplementação sem orientação médica

Apesar da ampliação da recomendação para suplementação, é importante enfatizar que o uso inadequado de vitamina D pode ser prejudicial à saúde.

Por isso, a suplementação deve sempre ser supervisionada por um pediatra, para garantir que as doses recomendadas sejam seguidas corretamente.

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