Vitamina está associada a risco de câncer agressivo, indica estudo nos EUA

Fundamental para o bem-estar, a vitamina B3 (niacina), está na mira de fontes de evidências após ser associada a câncer agressivo

Vitamina, associada a câncer agressivo, estimula organismo a converter alimento em glicose, utilizada para produzir a energia – iStock/Getty Images
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Vitamina, associada a câncer agressivo, estimula organismo a converter alimento em glicose, utilizada para produzir a energia – iStock/Getty Images

Considerada uma das oito vitaminas essenciais do complexo B, fundamental para o bem-estar, a vitamina B3 (niacina), está na mira de pesquisas e fontes de evidência científicas. Estudos recentes sugerem que os níveis de niacina no corpo humano podem indicar maior risco de desenvolvimento de câncer.

É o que mostra pesquisa publicada no início deste ano pela Universidade de Missouri,que associou um suplemento B3 ao desenvolvimento e disseminação do câncer de mama triplo negativo. Além da associação à doença, as descobertas mostraram ainda que a vitamina pode alimentar a progressão do câncer no cérebro em casos extremos.

Vitamina associada a câncer agressivo

De acordo com o estudo  divulgado na publicação Biosensors and Bioelectronics, os suplementos podem estar associados a um aumento na expressão de genes envolvidos no crescimento de células cancerígenas.

As descobertas vão na contramão do que é sabido sobre as vitaminas vendidas comercialmente, conhecidas por beneficiar os sistemas cardiovascular, metabólico e neurológico.

A visão amplamente aceita sobre esse tipo de produto foi o que motivou os pesquisadores da Universidade de Missouri a investigar mais informações a respeito da pílula.

Além de aumentar o risco de câncer de mama quando tomadas em altas doses, o estudo também descobriu que o câncer triplo negativo pode sofrer metástase e se espalhar para o cérebro. De acordo com a American Cancer Society, o câncer de mama triplo negativo é um “câncer agressivo” porque cresce rapidamente.

Essas são características próprias do câncer em seu estágio mais severo, já espalhado no momento do diagnóstico e com mais probabilidade de retorno mesmo após o tratamento.

Os autores do estudo explicaram: “Algumas pessoas tomam porque assumem automaticamente que vitaminas e suplementos só trazem benefícios positivos para a saúde, mas muito pouco se sabe sobre como eles realmente funcionam”.

Segundo eles, as descobertas jogam luz sobre a necessidade de mais pesquisas sobre o papel do suplemento no desenvolvimento do câncer.