Web reacende debate sobre Roacutan; veja o que o remédio pode causar
A lista de efeitos indesejados é extensa e cabe ao médico, junto com o paciente, avaliar riscos e benefícios
O Roacutan, remédio indicado para o tratamento da acne severa que não melhora com o uso de outros tratamentos, voltou a ficar no centro das discussões e está entre os assuntos mais comentados no Twitter nesta terça-feira, 29. Vários usuários da rede social estão dividindo suas experiências com o uso do medicamento.
O tema entrou em alta após um rapaz dizer que a amiga teve depressão e perdeu 22 kg após começar a usar o medicamento.
“Minha amiga tomou, entrou e depressão, perdeu 22 quilos, tentou matar a irmã com faca e pão, virou evangélica e depois saiu da igreja, tudo em 11 meses. Mas hoje está lindíssima, sem uma marca no rosto”, escreveu.
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
https://twitter.com/itboyleon/status/1409887680729649158
A publicação – talvez com um toque de exagero – viralizou. De fato, o medicamento pode ocasionar efeitos colaterais que exigem acompanhamento médico constante. Ele também só pode ser usado com prescrição de um médico após avaliar risco e benefício.
Mas, afinal, o que de verdade o Roacutan pode provocar?
A lista de efeitos colaterais do Roacutan é grande e esse é um dos principais motivos que fazem com que alguns pacientes rejeitem o tratamento. Entre os efeitos causados pelo medicamento estão o ressecamento da pele e dos lábios, queda de cabelo e até depressão.
De acordo com a bula do remédio, os efeitos adversos são geralmente reversíveis, com a alteração da dose ou interrupção do tratamento, mas alguns podem persistir após a suspensão da medicação.
Veja a lista completa dos efeitos indesejados descritos na bula:
Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Anemia;
- aumento nas plaquetas ou diminuição da contagem plaquetária (trombocitopenia);
- elevação da taxa de sedimentação;
- blefarite (inflamação na borda da pálpebra);
- conjuntivite, irritação ocular, ressecamento ocular;
- elevações transitórias e reversíveis de transaminases hepáticas;
- fragilidade cutânea, prurido (coceira na pele);
- ressecamento da pele e dos lábios;
- mialgia (dores musculares);
- dores articulares;
- lombalgia (dor na região lombar);
- aumento de triglicérides e colesterol séricos, diminuição de HDL.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Nneutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue);
- dor de cabeça;
- ressecamento da mucosa nasal;
- hematúria (presença de sangue na urina);
- proteinúria (presença de proteína da urina).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Depressão;
- reações alérgicas da pele;
- hipersensibilidade sistêmica;
- alopecia reversível (queda temporária de cabelos e pelos).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Infecções bacterianas locais ou sistêmicas por microrganismos gram-positivos (Staphylococcus aureus);
- linfadenopatia (crescimento de um ou mais gânglios, especialmente dos situados no pescoço, axilas e virilha);
- diabetes mellitus;
- células brancas na urina;
- hiperuricemia (aumento dos valores do ácido úrico no sangue);
- aumento da pressão intracraniana;
- alterações comportamentais, tentativa de suicídio, suicídio, convulsões, tontura, insônia, letargia (temporária e completa da sensibilidade e do movimento) parestesia, desmaio;
- distúrbios visuais, catarata lenticular, visão turva, distúrbios visuais de cor (reversível com a descontinuação), intolerância a lentes de contato, opacidade da córnea, distúrbios da adaptação ao escuro (visão noturna diminuída), ceratite, fotofobia, papiledema como sinal de hipertensão intracraniana benigna;
- redução da audição em algumas frequências e zumbido;
- broncoespasmo (particularmente em pacientes com uma história prévia de asma);
- colite (inflamação do cólon), ileíte (inflamação do íleo) e hemorragia gastrointestinal;
- náusea, diarreia grave, doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn.
- Pacientes tratados com Roacutan®, especialmente aqueles com altos níveis de triglicérides, apresentam risco de desenvolver pancreatite (pancreatite fatal raramente relatada);
- Hepatite;
- palpitação, taquicardia;
- exantema (manifestações na pele características de uma doença infecciosa e contagiosa com presença de febre);
- acne fulminante, piora da acne (ocorre no início do tratamento e persiste durante várias semanas);
- dermatite facial;
- distrofia ungueal (modificação na forma e função da unha);
- hirsutismo (desenvolvimento exagerado de pelos);
- granuloma piogênico (com formação de pus),
- paroníquia (infecção da pele que fica ao redor das unhas da mão ou do pé);
- sudorese (aumento de suor);
- hiperpigmentação da pele;
- fotossensibilidade;
- aumento na formação de tecidos de granulação;;
- Hiperosteose (hipertrofia do tecido ósseo), artrite, calcificação dos ligamentos e tendões, redução na densidade óssea, fechamento epifisário (parte dos ossos longos relacionada ao crescimento) prematuro, tendinite;
- glomerulonefrite (inflamação dos glomérulos dos rins);
- vasculite (inflamação da parede dos vasos) (por exemplo, granulomatose de Wegener);
- vasculite alérgica, inchaço e cansaço.