Mobilização “Se a Paulista Fosse Nossa” pede que a avenida mais famosa da cidade tenha um pedaço restrito para pedestres aos domingos
Um evento acontece no próximo domingo, dia 21, para mostrar as intenções do grupo, que responde também algumas dúvidas que possam surgir sobre a iniciativa
Uma mobilização nas redes sociais quer garantir que abertura da avenida Paulista aos pedestres, testada durante a inauguração das ciclovias, sejam definitivas.
A mobilização foi criada através da plataforma Panela de Pressão da Minha Sampa (box ao lado), uma rede de participação e engajamento online. O objetivo é fechar uma das vias da Paulista todos os domingos.
Qualquer pessoa pode apoiar. Para pressionar, basta entrar na página da mobilização na Panela de Pressão.
Mas por quê?
Os apoiadores da mobilização responderam a algumas das perguntas que podem surgir na cabeça de quem fica sabendo da ideia pela primeira vez. Confira.
1. Por que a Av. Paulista?
A Paulista é o primeiro centro financeiro da cidade, polo de cultura e educação. É o local mais visitado pelos turistas que vêm a São Paulo e apontado como um dos preferidos dos paulistanos. Queremos contemplar toda essa gente e proporcionar uma experiência ainda mais incrível e humana ao passear por lá.
2. E por que fazer isso também na Paulista se já temos o Minhocão?
Ao contrário do Minhocão, que é uma via fechada e elevada, a Paulista concentra bares, restaurantes, centros culturais e fachadas ativas. As pessoas vão ao Minhocão com a intenção de ir a um local dominical de passeio. As pessoas vão à Paulista porque ela é um local natural de passagem. Cada uma das vias cumpre uma função distinta na cidade, mas ambas são necessárias para o convício. Queremos o Minhocão E a Paulista.
3. As calçadas da Paulista já não são suficientemente largas?
Av. Atlântica, em Copacabana, no Rio, tem calçadas largas, ciclovias e está ao lado da orla da praia. Seu espaço para lazer é imenso. Mesmo assim uma de suas vias fica fechada para trânsito aos domingos e feriados – com aprovação da população. É isso que queremos para São Paulo.
4. Então a proposta quer o fechamento da Paulista aos domingos?
Segundo dados da Associação Paulista Viva, diariamente, durante a semana, passam pela avenida 1,5 milhão de pedestres e 100 mil veículos. Aos finais de semana o número de pedestres aumenta e o de veículos diminui. O que estamos propondo não é o fechamento da avenida e sim sua abertura para as pessoas.
5. E como fazer isso com tantos hospitais na região?
Temos consciência do papel vital da região para a cidade, mas várias características da abertura da Paulista aos domingos garantem o funcionamento dos hospitais. Primeiro, o uso das vias paralelas em ambos os sentidos (Alameda Santos e São Carlos do Pinhal). Segundo, ter pessoas nas vias não significa que não possam passar veículos de emergência, como ambulâncias. Terceiro, a proposta sugere que a abertura seja de apenas um dos sentidos da via e ainda assim não aconteça em todas as quadras da avenida. Além disso, propõe que o plano a ser adotado seja construído coletivamente, com participação de CET e Prefeitura para garantir sua viabilidade.
Ocupação
No próximo domingo, dia 21, a avenida será ocupada pelo evento “Se a Paulista Fosse Nossa!” com uma série de atividades culturais. O objetivo é reforçar o pedido pela abertura de uma das vias para a população.
O encontro começa às 10h e acontece na calçada, em frente do casarão Franco de Melo, no número 1919 da Paulista.