Outubro Rosa: 9 formas de prevenção ao câncer de mama
Foram estimados 73,6 mil novos casos em 2024, segundo o Ministério da Saúde
A prevenção do câncer de mama envolve uma combinação de fatores, muitos dos quais são apoiados por pesquisas científicas e dados epidemiológicos.
Embora nem todos os casos possam ser evitados, estudos indicam que mudanças no estilo de vida e a detecção precoce desempenham papéis fundamentais na redução do risco de desenvolvimento da doença.
Outubro Rosa: 9 formas de prevenção ao câncer de mama:
1. Exames Regulares e Detecção Precoce
A mamografia continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama. Estudos mostram que a realização regular de mamografias a partir dos 40 ou 50 anos (dependendo das diretrizes locais) pode reduzir significativamente a mortalidade. Em mulheres com maior risco, como aquelas com histórico familiar da doença, pode ser necessário iniciar os exames mais cedo. Além disso, a autoavaliação das mamas pode ajudar na identificação de mudanças, embora a eficácia desta prática isolada seja menos comprovada cientificamente.
2. Manutenção de um Peso Saudável
A obesidade, especialmente após a menopausa, é associada a um aumento no risco de câncer de mama. Estudos demonstram que a gordura corporal em excesso pode aumentar a produção de estrogênio e outras substâncias inflamatórias, que estimulam o crescimento de células mamárias anormais. A prática regular de exercícios físicos e uma dieta equilibrada ajudam a manter um peso adequado e a reduzir esses riscos.
3. Atividade Física
A prática regular de atividade física está fortemente associada à redução do risco de câncer de mama. Pesquisas indicam que mulheres que praticam exercícios moderados a intensos por pelo menos 150 minutos por semana têm um risco até 25% menor de desenvolver a doença. A atividade física regular ajuda a equilibrar os níveis hormonais e a melhorar o sistema imunológico.
4. Dieta Saudável
Embora a dieta por si só não seja uma garantia contra o câncer de mama, estudos mostram que certos padrões alimentares podem ser protetores. O consumo de frutas, verduras, grãos integrais e gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva, tem sido associado a um menor risco. Por outro lado, dietas ricas em gorduras saturadas e alimentos processados podem aumentar o risco de diversos tipos de câncer, incluindo o de mama.
5. Limitação do Consumo de Álcool
O álcool é um fator de risco estabelecido para o câncer de mama. Pesquisas mostram que mesmo pequenas quantidades de álcool podem aumentar o risco, devido à capacidade do álcool de aumentar os níveis de estrogênio e outros hormônios que influenciam o desenvolvimento de tumores mamários. Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas é uma recomendação sólida para a prevenção.
6. Não Fumar
O tabagismo está associado a diversos tipos de câncer, incluindo o de mama, principalmente em mulheres mais jovens. Além de ser um fator de risco direto, o fumo pode exacerbar os efeitos de outros fatores de risco, como o uso de hormônios e a obesidade.
7. Controle Hormonal
Terapias de reposição hormonal (TRH), especialmente aquelas que combinam estrogênio e progesterona, estão associadas a um aumento no risco de câncer de mama, particularmente quando usadas por longos períodos. A decisão de iniciar ou continuar a TRH deve ser cuidadosamente avaliada por um médico, levando em consideração os benefícios e os riscos, principalmente em mulheres que já possuem fatores de risco elevados.
8. Histórico Familiar e Testes Genéticos
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, especialmente em parentes de primeiro grau, como mãe ou irmã, estão em maior risco. Pesquisas mostraram que mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 aumentam significativamente o risco de câncer de mama. Para mulheres com histórico familiar forte ou que portam essas mutações genéticas, o rastreamento precoce, a vigilância aumentada e até medidas preventivas, como mastectomia profilática, podem ser opções a serem consideradas com aconselhamento médico.
9. Amamentação
Diversos estudos indicam que amamentar por pelo menos seis meses pode reduzir o risco de câncer de mama. A explicação científica sugere que a amamentação regula os níveis hormonais e reduz o número de ciclos menstruais ao longo da vida, o que, por sua vez, diminui a exposição ao estrogênio.
Importância da conscientização
A prevenção do câncer de mama não se limita a uma única ação, mas envolve uma abordagem multifatorial que inclui estilo de vida saudável, exames regulares e, em alguns casos, intervenções médicas mais específicas.
A conscientização sobre os fatores de risco e a adoção de práticas preventivas baseadas em evidências científicas podem reduzir significativamente a incidência e mortalidade dessa doença. Assim, um diálogo contínuo entre paciente e profissionais de saúde é essencial para personalizar as estratégias de prevenção, levando em consideração fatores individuais de risco e histórico familiar.
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