Vacinação começa em até 4 dias após liberação da Anvisa, diz Pazuello
Brasil poderá aplicar uma dose do imunizante em vez de duas em um primeiro momento para vacinar mais pessoas
O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira, 11, que o Brasil irá iniciar a vacinação contra a covid-19 em até quatro dias após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No momento, a Agência analisa os pedidos de uso emergencial de duas vacinas: a de Oxford e a CoronaVac.
“No primeiro dia que chegar a vacina ou que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia [a vacina] já estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação”, disse Pazuello em um discurso em Manaus, onde se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para discutir medidas de enfrentamento à pandemia.
O laboratório AstraZeneca, que produz a vacina de Oxford, e o Instituto Butantan, que desenvolveu a Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, submeteram os pedidos de uso emergencial à Anvisa simultaneamente na semana passada. A Anvisa tem o prazo máximo de 10 dias para analisar toda a documentação e dar uma resposta.
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Estratégia de vacinação
O ministro ainda disse que a estratégia de vacinação no Brasil poderá ser a aplicação de uma dose do imunizante em vez de duas em um primeiro momento. A ideia é, dessa forma, frear a pandemia, em vez de garantir a imunidade completa.
“Essas doses, que com duas doses você vai a 90 e tantos por cento [de imunização], com uma dose vai a 71%. Com 71% talvez a gente entre para imunização em massa, é uma estratégia que a Secretaria de Vigilância em Saúde vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas sim a redução da contaminação e aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose na sequência, chegando a 90%”, disse.
Pazuello também voltou a afirmar que a vacinação terá início simultâneo em todas as unidades da federação, “no dia D e na hora H”.
Segundo ele, em um panorama mais otimista, a vacinação poderá começar até 20 de janeiro, segundo ele, caso haja liberação rápida da Anvisa. Nessa hipótese, já há 6 milhões de doses da CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, disponíveis para uso, que foram importadas pelo Instituto Butantan, de São Paulo.