Conheça a versão off-road de Fernando de Noronha

A gente até poderia falar da pousada de charme, do restaurante gourmet e da praia onde vai todo mundo…

A gente poderia, mas não vai.

Neste episódio você conhece Fernando de Noronha em um roteiro alternativo por locais que poucos visitaram, em uma espécie de viagem off-road.

Começamos na Trilha Capim Açu, a caminhada mais isolada e desconhecida da ilha, às margens de praias e piscinas naturais que quase ninguém vai, no Mar de Fora.

Entrada da caverna do Capim Açu, em Fernando de Noronha
Entrada da caverna do Capim Açu, em Fernando de Noronha

Subimos a bordo de uma canoa havaiana para navegar pelas águas calmas do Mar de Dentro, onde remamos na companhia de golfinhos e ouvimos até rugido de leão.

Nosso roteiro off-road segue também no nível do mar, onde fizemos a Trilha Costa Esmeralda, uma caminhada por oito praias do Mar de Dentro; e a Trilha do Piquinho, de onde se vê Noronha do alto (e aos pés de quem encara essa caminhada até bem perto do Morro do Pico, o ponto mais alto de todo o arquipélago).

Canoa havaiana no Mar de Dentro, em Fernando de Noronha (foto: Eduardo Vessoni)
Canoa havaiana no Mar de Dentro, em Fernando de Noronha (foto: Eduardo Vessoni)

Trilha sonora

A novidade neste vídeo é a participação de dois artistas que andavam tocando no repeat do Viagem em Pauta e que, gentilmente, cederam músicas para a gente deixar esse roteiro off-road ainda mais rock’n’roll.

A primeira participação é da dupla Tigre Dente de Sabre, sob comando dos acrobáticos Gui Calzavara e Marcos Till.

Catarse hipnótica, música do futuro, ritual no palco, sintetizadores sombrios e atmosferas grandiosas. Só pelo que andam dizendo deles por aí, já dá para ter uma ideia do motivo da gente querer (re)visitar Fernando de Noronha, no ritmo forte desse duo.

Tão forte e transformadora como a Trilha Capim Açu, a caminhada mais exigente e selvagem de Fernando de Noronha (e que ganhou novo tom com a faixa ‘Looperti’).

Os cosmos desses dois amigos de infância parecem opostos, como eles costumam dizer, mas a música eletrônica e erudita que eles agrupam em seu trabalho de estreia, o álbum ‘Morte Iniciática’, é daquelas experiências que paralisam, mas que garantem gás para a gente encarar os 10 km dessa trilha pelo Mar de Fora.

Sempre sereno, tudo tranquilo

‘Tranquilo’ é outra canção emprestada, daquelas que a gente guarda bem fundo na alma e nunca mais quer devolver, uma das faixas do primeiro CD solo que a cantora Laya lançou no último dia 3 de junho, no Centro Cultural São Paulo.

De influências que vão do tropicalismo ao rock, passando por suas raízes nordestinas (adquiridas quando ainda era ‘piveta’, como costuma dizer essa artista nascida na França), Laya traz sutileza com sua voz poderosa e, nesse vídeo sobre Fernando de Noronha, dá novo ritmo a um inusitado passeio de canoa havaiana, nas águas calmas do Mar de Dentro.

Seu primeiro disco solo, gravado ao vivo em estúdio com arranjos compostos na hora, é tão orgânico quanto o repertório de músicas geográficas que fazem a gente ir, ainda que sem sair do sofá, para destinos como o Cariri, ao som do ‘pifo’ moderno da faixa ‘Bela do Cariri’; ou para o Sertão, onde Laya declara sua saudade “desse cheiro, dessa visão”, com a sanfona que faz a gente se sentir em uma daquelas apresentações nostálgicas em alguma cidade do interior nordestino (com direito a coreto, realejo e saudade).

A viagem de Laya segue pela América Latina, na faixa ‘Diosa Pájaro’, onde sua voz soa ora doce como flauta, ora como o som de um condor sobre montanhas andinas.

De resto, tudo segue sereno e tranquilo, ao som de Laya, em uma canoa havaiana em plena Fernando de Noronha.

Em parceria com Viagem em Pauta

O Viagem em Pauta é o projeto pessoal do jornalista Eduardo Vessoni, profissional que atua com turismo desde 2008 e já colocou os pés em todos os continentes.

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