GOL passa a cobrar até R$ 20 por marcação antecipada de assento

O passageiro da Gol que quiser escolher o assento no momento da compra da passagem aérea terá de pagar entre R$ 10 e R$ 20 pelo serviço.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22) junto com a mudança nas classes tarifárias da empresa. A principal novidade é a criação da tarifa Promo, que segundo a Gol, terá descontos de até 30% em relação à menor praticada até então, a Light.

Nas tarifas mais baratas, a escolha do assento só será gratuita a partir de uma semana antes do voo
Créditos: Jiri Senohrabek
Nas tarifas mais baratas, a escolha do assento só será gratuita a partir de uma semana antes do voo

A escolha do assento só será gratuita a partir de uma semana antes do voo, dentro do período de check-in. A cobrança já está em vigor e vale tanto em voos nacionais quanto internacionais.

Entre as grandes companhias aéreas que operam no Brasil, a Gol é a primeira a cobrar pela marcação de assento comum (que não seja mais espaçoso ou em lugares específicos).

A empresa também informou que passa a oferecer bebidas não alcoólicas como refrigerante, suco, café e água, sem custo adicional, em todos os voos.

Tabela com as novas classes tarifárias da Gol

Defesa do consumidor

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vai pedir explicações sobre a cobrança. De acordo com reportagem da revista “Veja”, uma reunião foi marcada para a próxima segunda-feira com representantes da Gol e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

À Agência Brasil a Anac disse que não não foi informada da reunião e que não é sua competência regular a cobrança para marcação de assento em viagens aéreas. “Trata-se de um serviço acessório que nunca foi regulado pela Anac ou por qualquer outra autoridade de aviação civil brasileira. Em todo o mundo, as empresas têm liberdade para implementar o serviço de acordo com a política comercial de cada uma.”

A decisão da Gol foi criticada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Em nota, o presidente da entidade, Cláudio Lamachia, classificou a medida de engodo e disse que se assemelha à decisão das companhias de cobrar por refeições de bordo e pelo despacho de bagagem. “Criar novas cobranças de maneira alguma pode ser uma forma de baratear os custos para o consumidor”, afirmou Lamachia.

Com informações da Agência Brasil