Vila em São Paulo guarda trilha secreta que leva até cachoeira impressionante
Uma dessas surpresas está no meio do mato, onde uma trilha menos conhecida leva até uma queda d’água no meio da Mata Atlântica
Paranapiacaba, no alto da Serra do Mar, é conhecida por seu clima neblinado e arquitetura inglesa. Mas quem vai além da parte turística encontra experiências inesperadas. As dicas desta matéria foram publicadas originalmente pela Catraca Livre.

Uma dessas surpresas está no meio do mato, onde uma trilha menos conhecida leva até uma queda d’água no meio da Mata Atlântica. É o tipo de passeio que foge do óbvio e marca o fim de semana com algo realmente diferente.
Como chegar ao ponto de partida da trilha
A trilha para a cachoeira Poço das Moças começa atrás do campo de futebol da vila. Pouca gente sabe que a entrada está ali, quase escondida por vegetação. Mesmo quem visita a cidade com frequência às vezes passa reto por esse caminho.
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A caminhada começa de forma tranquila, atravessando áreas abertas e algumas pontes de madeira. O trajeto é feito por moradores e guias locais, o que dá mais segurança para quem não conhece a área. O uso de guia é recomendado por questões de segurança e conservação ambiental.
A entrada é gratuita, mas pode haver cobrança de guia dependendo da agência ou associação local. Evite fazer o trajeto sozinho, pois há bifurcações mal sinalizadas.
O que esperar da trilha e da paisagem
São cerca de 3 km de caminhada em meio à vegetação nativa, com trechos úmidos e escorregadios. O nível de dificuldade é intermediário, mas crianças acostumadas a trilhas conseguem acompanhar. Leve água, repelente e use calçado apropriado.
No caminho, é comum ouvir o som de aves e cruzar com pequenos animais como quatis e tucanos. Não é permitido alimentar os bichos. A paisagem ao redor reforça a sensação de estar imerso na natureza, mesmo tão perto da capital paulista.
Ao final do trajeto, surge a cachoeira Poço das Moças, com um poço profundo de água fria. O banho é permitido, mas exige cuidado com as pedras escorregadias. Evite pular de pedras altas — há sinalização indicando os riscos.

Quando é melhor visitar
O ideal é ir entre maio e setembro, quando as chuvas diminuem e o solo fica mais firme. Em dias nublados, a neblina dá um clima misterioso à trilha. Nos fins de semana ensolarados, o fluxo de visitantes é maior, então chegue cedo.
Evite feriados prolongados, quando a cidade recebe muitos turistas e o acesso à trilha pode ser limitado. Mesmo sendo uma atração gratuita, há controle do número de visitantes por questões ambientais.
No verão, redobre o cuidado: as chuvas repentinas podem tornar o trajeto perigoso por conta da lama e risco de deslizamento. Verifique a previsão do tempo antes de sair de casa.
Outros pontos próximos para incluir no passeio
Depois da trilha, vale passar pela torre do relógio, um dos cartões-postais da vila. O mirante próximo à estação de trem também oferece uma vista panorâmica da serra. Se tiver tempo, finalize o passeio com um café na Casa Fox ou no Estação Cavern Club.
Também é possível visitar o Museu Funicular, que mostra como era o transporte de cargas e passageiros entre o interior e o litoral. O museu funciona aos fins de semana e tem entrada acessível.
Para quem for de trem (linha 10 da CPTM até Rio Grande da Serra e depois de ônibus), a viagem é tranquila e combina com o clima histórico da vila. A ida de carro também é fácil, com estacionamento próximo à entrada da cidade.

Vale a pena fazer bate-volta?
Sim, a trilha para o Poço das Moças pode ser feita em um único dia. Chegando cedo, é possível aproveitar bem a caminhada e ainda conhecer pontos históricos da vila. O roteiro agrada tanto casais quanto famílias e grupos de amigos.
Quem quiser estender a estadia encontra pousadas simples, mas aconchegantes. Algumas casas são alugadas para temporada e têm vista para o vale. É uma forma de aproveitar a neblina típica da região com tranquilidade.
Paranapiacaba tem um clima próprio, uma mistura de história e natureza bem perto da capital. O passeio até a cachoeira é uma maneira diferente de vivenciar isso tudo com mais intensidade.
