Game of Thrones, Björk, Matrix: MIS abre novos cursos de férias

Leitores VilaMundo e Catraca Livre têm desconto especial nos cursos do MIS

04/06/2019 17:59 / Atualizado em 28/07/2020 14:43
Até de de
Segunda – Terça – Quarta – Quinta – Sexta
– Confira os horários no texto
Preço: Comprar
Até R$ 120
20% para os 3 primeiros inscritos
Local: MIS – Museu da Imagem e do Som
Avenida Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo – SP, Brasil
Mais informações:
Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/

O MIS está com inscrições abertas para a temporada de Cursos de Férias de Julho. Um dos destaques é o curso Björk: Paradigmas do Pós-Humanismo.exe, que integra a programação paralela da exposição Björk Digital, que fica em cartaz no MIS de 18 de junho a 18 de agosto.

As demais opções de cursos para o período permeiam as mais diversas áreas do conhecimento, como televisão, cinema, fotografia e literatura. Em “Como conquistar o trono de ferro“, “Seis análises sociológicas e estéticas no cinema“, “Matrix e a Ficção“, além do curso sobre Björk, leitores VilaMundo e Catraca Livre garantem desconto.

Os cursos são de curta duração e o investimento é a partir de R$ 120. Mas as três primeiras pessoas que usarem o código Ferias20 no site de compra, garantem 20% de desconto. As inscrições podem ser feitas diretamente no site do MIS – não esqueça de inserir o código!

Confira abaixo mais informações:

  • Como conquistar o trono de ferro

Data: de 22 de julho a 01 de agosto (04 encontros)
Horário: das 19h às 22h, de 2ª e 5ª feira
Local: Auditório LABMIS (64 vagas).
Valor: R$120,00

Sinopse: Game of Thrones é uma série produzida pela HBO e aclamada pela crítica desde seu lançamento. Baseada nos livros de ficção épica intitulados “As crônicas de gelo e fogo”, de George R. R. Martin, a história se passa em Westeros, uma região qualquer da Europa Medieval, e gira em torno da batalha pelo Trono de Ferro, disputado por algumas das principais famílias da região. Um dos pontos centrais é a chegada de um longo inverno, já que nessas terras as estações foram levadas a um desequilíbrio e podem durar vários anos. Com a chegada do inverno, também chegam forças sobrenaturais para assolar os Sete Reinos e destruir Westeros, que contam com a proteção da Patrulha da Noite, responsáveis pela defesa do reino contra todos, sejam homens ou criaturas, que vivem além das Muralhas. A série enfatiza, sobretudo, o jogo do poder. É uma série sobre política e retrata as conspirações e rivalidades que acirram a disputa pelo Trono de Ferro, o símbolo do poder absoluto de Westeros.

Considerando que Game of Thrones é uma série que estabelece as relações sobre política e poder, podemos destacar características tanto de Maquiavel como de Thomas Hobbes, por exemplo, a partir de posições tomadas por diferentes personagens, como Tyrion Lannister, Daenerys Targaryen ou Eddard Stark. Podemos vê-los como heróis, vilões ou anti-heróis. Game of Thrones é um bom exemplo sobre a política contemporânea, suas relações e seus atores políticos. A partir dessas relações, delimitamos alguns pontos a ser discutidos em quatro aulas:

– o poder como forma de comunicação;
– o poder é um truque, uma forma de comunicação manipulada;
– o poder como uma ilusão e um mito;
– o poder como poder e sua capacidade de uso da violência;
– o poder como meio de conquistar as massas ou uma hegemonia para o uso da coerção;
– o declínio e queda do poder nas mãos de quem não age de forma implacável com seu adversário.

Sobre o professor: Eduardo Molina é professor e palestrante graduado em História e pós-graduado em Política e Relações Internacionais. Já colaborou com especiais para a revista Mundo Estranho, rádios 97 e Estadão, além de jornais e revistas. É criador do Canal Geek História e da empresa Molinart Treinamento e Desenvolvimento, que utiliza a cultura pop – histórias em quadrinhos, filmes, séries e músicas – para levar conhecimento para empresas e instituições de ensino através de palestras e treinamentos.

  • Curso: Seis análises sociológicas e estéticas no cinema

Data: de 01 a 12 de julho (06 encontros)
Horário: de 2ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, das 19h às 22h
Local: Auditório LABMIS (64 lugares)
Valor: R$120,00

Sinopse: O curso aborda a análise fílmica e estética do cinema em seis filmes de ficção, do gênero dramático, produzidos nas duas últimas décadas, tendo como eixo condutor a temática pela história e pela teoria crítica sociológica.

Serão exibidos os seguintes filmes, seguidos da análise realizada pelo professor a partir da temática exposta:

– Segunda-feira ao sol (Los Lunes al Sol, Dir. Fernando León de Aranoa, Espanha, 2002, 113 min): aborda como a reestruturação produtiva espanhola atacou os trabalhadores da indústria naval.
– O corte (Le Couperet, Dir. Costa-Gavras, Bélgica/França, 2005, 122 min): filme do consagrado diretor grego Costa-Gavras que faz uma excelente reflexão sobre a corrosão do caráter na sociedade ultraconcorrencial do capitalismo avançado.
– Biutiful (Biutiful, Dir. Alejandro González Iñarritu, México/Espanha, 2010, 130 min): fala sobre os imigrantes superexplorados em Barcelona que realizam trabalhos clandestinos para sobreviver
– Bem-vindo (Welcome, Dir. Philippe Lioret, França, 2009, 110 min): trata do preconceito racial e dos fluxos migratórios originados por guerras ou outras catástrofes a partir de seu protagonista, um iraquiano que viaja clandestinamente do Iraque à Albânia e, de lá, à França, até chegar a Londres.
– Persépolis (Persepolis, Dir. Marjane Satrapi, França, 2007, 95 min): cinebiografia em animação realizada pela artista Marjane Satrapi sobre a Revolução Iraniana, que acabou oprimindo as mulheres e a esquerda política devido ao fundamentalismo religioso, afetando os costumes de toda uma nação por gerações.
– Afterimage (Afterimage, Dir. Andrzej Wajda, Polônia, 2016, 98 min): último filme do consagrado diretor Wajda, aborda a cinebiografia de Wladyslaw Strzeminski, artista de vanguarda que viveu grandes dificuldades na Polônia da era stalinista devido ao jdanovismo que imperou nas concepções esquemáticas artísticas àquela altura no Leste Europeu.

Sobre o Professor: Claudinei Cássio de Rezende é professor de História da Arte na PUC-SP, doutor e mestre em Ciências Sociais pela Unesp (Fapesp), bacharel e licenciado em Ciências Sociais e licenciado e especialista em História. Pesquisador do Núcleo de Estudos de História: Trabalho, Ideologia e Poder (NEHTIPO – PUC/SP CNPq) vinculado à linha de pesquisa Ontologia, História e Arte. Possui um livro publicado pela Editora Unesp, escolhido pelo Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais da Unesp. Atualmente é pós-doutorando em História Moderna pela PUC-SP.

  • Curso: Björk: Paradigmas do Pós-Humanismo.exe

Data: de 11 a 23 de julho(04 encontros)
Horário: de 3ª e 5ª feira, das 19h às 22h
Local: Auditório LABMIS (64 lugares)
Valor: R$120,00

Sinopse: A cultura pop é um espelho social dos valores éticos e estéticos do contemporâneo. Björk é um dos ícones culturais mais importantes do século 20. Em quatro décadas de carreira, a islandesa desafiou o status quo musical ao se posicionar como uma artista transmídia – seu legado trata-se de um complexo conglomerado estético que flui entre videoclipe, cinema, poesia, moda, tecnologia, fotografia e filosofia.

Importante enquanto ícone feminista, Björk sempre denunciou a estrutura masculinista da indústria e mudou para sempre as perspectivas do que significa ser mulher no contemporâneo – com frequência, seus shows, seus vocais e seus figurinos alteram nossas percepções acerca de dualidades prostéticas e ficções biopolíticas como masculino e feminino, humano e animal, natureza e cultura, real e virtual.

Fascinada com o uso da tecnologia por humanos, Björk é aclamada pela crítica especializada, por combinar um número infinito de gêneros musicais – é impossível enquadrá-la em apenas um estilo; a islandesa perpassa música eletrônica, jazz, trip-hop, folk ou ethereal wave – mantendo-se eternamente inclassificável.

À luz de teóricas feministas como Donna Haraway, Judith Butler e Paul Beatriz Preciado, bem como pensadores como Deleuze, Nietzsche e Foucault, o curso explora tópicos relacionados à indústria cultural, o devir-ciborgue, a tecnocultura, e a desterritorialização dos corpos – em uma jornada tão pulsante quanto uma música de Björk.

Aula 1 – A construção do ícone POP;
Aula 2 – Música e Tecnocultura;
Aula 3 – Remixando Nietzsche: a contrassexualidade em Björk;
Aula 4 – Constelações experimentais: artistas pós-Björk

Sobre o professor: Alisson Prando é filósofo pesquisador pelo CNPq das temáticas de gênero, sexualidade e feminismo, principalmente através de perspectivas de Judith Butler. Atua também como blogueiro e jornalista nos portais Disco Punisher e What Else Mag, onde entrevistou mais de 200 ícones pop – de Caetano Veloso a Charli XCX, de Elza Soares a Pabllo Vittar, de artistas da nova MPB e MPBicha. Criou o curso Politizando Beyoncé: Raça, Gênero e Sexualidade, que versa sobre estudos de mídia, estudos raciais e transviados, e foi considerado pelo HuffPost como “tudo o que você precisa e não sabia”.

  • Curso: Matrix e a Ficção Científica

Data: de 17 a 26 de julho (04 encontros)
Horário: de 4ª e 6ª feira, das 19h às 22h
Local: Auditório LABMIS (64 lugares)
Valor: R$120,00

Sinopse: Um dos filmes mais emblemáticos do fim dos anos 1990, Matrix marcou gerações pelo seu grande apelo visual, temática intrigante e abordagem pop de temas filosóficos. Após 20 anos desse lançamento, o curso propõe quatro encontros para discutir diversos aspectos do longa.

Aula 1: Introdução à Matrix
Aula 2: Matrix e a filosofia
Aula 3: Matrix e religião
Aula 4: Tecnologia e sociedade

Sobre a professora

Cláudia Fusco é jornalista e mestre em Science Fiction Studies pela Universidade de Liverpool, Inglaterra. É pesquisadora de mitos, folclore, contos de fadas e literatura especulativa. Colaborou para o especial de ficção científica da revista Mundo Estranho e foi colunista do site Contraversão, escrevendo semanalmente. Já participou de conferências internacionais. Ministrou aulas na USP, Casa do Saber, Youpix (por voto popular), entre outros.