Série inédita sobre o sistema prisional feminino no Brasil estreia este ano

O VilaMundo é uma iniciativa do Instituto Acqua em parceria com a Catraca Livre

‘Sobrevivendo no Inferno’ é uma série de ficção baseada em relatos reais que mostra a vida em um presídio feminino do Rio de Janeiro. Com 12 episódios de 45 minutos, roteirizada e dirigida por Rayssa de Castro, a série está sendo gravada na Capital carioca e tem estreia marcada para este ano. A atriz Aline Neelama, moradora de Diadema faz parte do elenco como antagonista na trama.

No mês da Mulher, receber a notícia de que um assunto tão importante será abordado através de uma série inédita gravada no país é motivo de comemoração. Já que os dados são extremamente alarmantes e a população muitas vezes não te acesso ou ideia sobre o universo penitenciário do Brasil.

De acordo com o World Prision Brief , o Brasil está em 4º lugar no ranking mundial de população carcerária feminina.  Outro dado relevantes é o do levantamento nacional de informações penitenciárias Infopen Junho/2017, que indica que entre as detentas,62,4% não completaram ensino médio,47,3% tem menos de29 anos e63,5% são negras.

Parte do elenco durante as gravações desta série ‘Sobrevivendo no Inferno’. Foto: Ana Beatriz.

A série conta a história de Luana, uma detenta estudante de direito que luta para sobreviver em meio ao caos de uma penitenciária. A trama aborda relatos de diversas histórias de mulheres que se viram obrigadas a cometer determinados crimes e também as mudanças que elas passaram por terem se tornado internas. Adaptação socioemocional, milícia, recuperação, superação e muito mais você encontrará em nossa série que deixa sempre claro a seguinte pergunta: O crime realmente compensa?

O objetivo do material é apresentar ao público uma série de áudio visual com um tema nunca abordado no Brasil, a vida em um presídio feminino. Além de iniciar trabalhos de recuperação das detentas para que elas trabalhem de dentro das cadeias ajudando a sociedade, assim poderão ter suas penas diminuídas, levando em consideração o tipo de crime, seu comportamento e piscicológico.  E mostrar que não é a classe social que justifica seus atos, mas sim uma sociedade sem preparo emocional e educação.

A série de ficção abordará histórias reais de mulheres detentas, adaptação socioemocional, dificuldades de reinserção a sociedade, abandono dos familiares e a solidão que isso acarreta nas internas. O trabalho árduo dos agentes penitenciários também é registrado,  o que eles passam dentro e fora do trabalho, mostrando que todas história tem dois lados.

Todo o material será disponibilizado com legendas e áudio descrição para que todas as pessoas com algum tipo de deficiência física ou cognitiva possam usufruir. O meio em que será disponibilizada a série e a data oficial de estreia ainda não foram divulgados. Apenas que será disponibilizado em plataformas de streaming com alcance mundial que tiverem interesse e que custem até R$29,90 a mensalidade para o consumidor.

Sobre Aline Neelama

Aline Neelama é carioca  e reside na cidade de Diadema, tem 44 anos, casada e mãe de 3 filhos. Atua como artista há mais de 10 anos. É locutora publicitária e idealizadora do Teia da Preta Podcast. Toda semana ela participa da preparação de elenco no Rio de Janeiro para série Sobrevivendo no Inferno como antagonista da trama.

Na séria Aline da vida, a personagem Azeda, que teve uma vida difícil desde criança. Nascida e criada em uma favela do Rio de Janeiro. Foi presa por ter se envolvido por tráfico de drogas. E como nas cadeias femininas  do Rio não existe facção, ela é uma das chefas do presídio e disputa o comando com a sua maior rival na série, a Sombra.

Aline Neelama é antagonista na trama. Foto: Divulgação.

DicaVilaMundo: Quer ficar por dentro de mais iniciativas culturais, sociais e sustentáveis? Siga o Instituto Acqua no Facebook e Instagram