Photoshop que esconde magreza excessiva questiona indústria da moda

Para editores de grandes revistas, a visão de magreza perfeita não existe

Recentemente, Leah Hardy, um ex-editor da Cosmopolitan (revista internacional publicada no Brasil com o título “Nova”), escreveu um texto sobre a prática de usar Photoshop para esconder efeitos da magreza extrema. Como no exemplo abaixo, de Cameron Diaz.

Após a repercussão, a discussão seguiu e outra foto surgiu. Nela, a modelo Karlie Kloss, de 20 anos, aparece editada pelas ferramentas de fotografia nas páginas da revista francesa Numéro.

Vários editores endossaram o coro. Jane Druker, editor da Healthy, confessou que em várias oportunidades editou fotos de modelos que pareciam magras demais e pouco saudáveis. Robin Derrick, diretor criativo da Vogue, admitiu: “Passei os primeiros dez anos da minha carreira fazendo meninas parecerem mais magras – e os últimos dez tentando deixá-las maiores”. Hardy afirma que a magreza é uma “visão de perfeição que simplesmente não existe”, e conclui, “não admira que as mulheres anseiem por serem muito magras, pois elas nunca viram como isso pode ser feio.”

Lisa Wade, colunista do Huffington Post, reconhece que ninguém deve policiar o corpo alheio, mas lamenta duas coisas: que a própria indústria que exige a extrema magreza a esconda na hora de vender seus produtos; e que as pessoas poderosas dentro dela nada possam fazer para mudar isso.

E para você, a extrema magreza como padrão é necessária à indústria da moda ou é um problema que deve ser encarado?