O samba vai comer solto em São Paulo no mês de dezembro

Mais de 65 atividades, como shows, rodas de samba e sessões de cinema celebram o Dia do Samba durante o mês todinho

Até 15 de dezembro de 2019

Todos os dias

Confira os eventos na programação

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

Grátis

O Dia Nacional do Samba ganha uma programação especial e gratuita em São Paulo. Durante todo o mês de dezembro, a cidade celebra a importância do gênero para a formação da identidade nacional, com destaque para o seu desenvolvimento na capital.

Ao todo, esse super evento conta com mais de 65 atividades, incluindo shows, rodas de samba, seminário e sessões de cinema em 47 pontos em todas as regiões da cidade. É coisa pra dedéu!

Nomes como Virgínia Rosa, Fabiana Cozza, Demônios da Garoa, Pagode da 27, Thobias da Vai-Vai e as Velhas Guardas das Escolas de Samba Nenê de Vila Matilde e Camisa Verde e Branco, além de e rodas de samba de 24 comunidades espalhadas pela cidade são destaques
Créditos: divulgação
Nomes como Virgínia Rosa, Fabiana Cozza, Demônios da Garoa, Pagode da 27, Thobias da Vai-Vai e as Velhas Guardas das Escolas de Samba Nenê de Vila Matilde e Camisa Verde e Branco, além de e rodas de samba de 24 comunidades espalhadas pela cidade são destaques

O Dia Nacional do Samba é oficialmente celebrado em todo o país no dia 2 de dezembro, que reconhece a importância desse ritmo musical na cultura brasileira. Por isso, nesse mesmo dia, o espaço cultural mais nobre da cidade, o Theatro Municipal, abre as suas portas para o estilo musical.

O “Sambando no Municipal” apresenta dez horas de atrações, que incluem shows de Fabiana Cozza, Germano Mathias, Demônios da Garoa, Nãnãna da Mangueira, Thobias da Vai-Vai, as Velhas Guardas das Escolas de Samba Nenê de Vila Matilde e Camisa Verde e Branco, a bateria da Mocidade Alegre… e muito mais!

A iniciativa dá continuidade ao trabalho de aproximar o Theatro Municipal ao caráter multicultural de São Paulo, diversificando a programação do espaço, que muitas vezes é vista como elitizada.

O palco, que tem com mestres de cerimônia o ator e sambista Ailton Graça e a jornalista Claudinha Alexandre, recebe também homenagens a artistas como Carlão do Peruche, Ideval Ancelmo, Laurinha da Embaixada Nenê Vila Matilde, Maria Helena (Rosas de Ouro) e Oswaldinho da Cuíca.

O grupo Pagode da 27 se apresenta no dia 1º de dezembro, no Centro Cultural do Grajaú
Créditos: divulgação
O grupo Pagode da 27 se apresenta no dia 1º de dezembro, no Centro Cultural do Grajaú

Na área externa do Municipal, acontecem, a partir das 10h, rodas de samba e apresentações de cantoras como Jurema Pessanha e Adriana Moreira e o Grupo Feitiço de Mulher. Já no saguão nobre do Theatro, acontece o autêntico choro do Regional Mistura – Chorinho Silvillí.

A programação do Dia do Samba em São Paulo inclui também rodas de samba de 24 comunidades espalhadas pela cidade, entre os dias 1º e 15. A ideia é fazer com que a atuação destes grupos mantenha o samba vivo em todos os cantos da cidade, possibilitando que seja passado de geração para geração, em rodas comunitárias regulares.

Esta programação especial homenageia estes grupos reconhecendo a sua importância para a existência de um Mapa das Comunidades de Samba, nome dado ao programa.

Outros espaços culturais da cidade também recebem programação, que inclui a apresentação da Comunidade Pagode da 27, no dia 1º, no Centro Cultural do Grajaú; o show Virgínia Rosa canta Clara Nunes, no Centro de Culturas Negras do Jabaquara, dia 2.

A cantora Fabiana Cozza faz show homenagem a Dona Ivone Lara, na Casa de Cultura da Freguesia do Ó, dia 4; no Centro Cultural de Santo Amaro, dia 6, e Casa de Cultura do Butantã, no dia 8.

No centro da cidade, o Triângulo SP recebe o Palco do Samba no Coreto da Bolsa. No dia 3, às 13h, o público dança ao som do Samba de Roda da Nega Duda; e, às 18h, é a vez de Deolindo. Dia 4, às 13h, Morro da Maloca; e, às 18h, Célia Nascimento. Dia 5, às 13h, Adriana Moreira; e, às 18h, Batuque de Lara. Dia 6, às 13h, Regina Benedetti; e, às 18h, Núbia Maciel e as Divinas do Samba. Dia 9, às 13h, Abcdário do Samba com Verônica Ferriani; e, às 18h, Graça Braga canta Martinho.

A Biblioteca Mário de Andrade recebe o seminário “Vozes do Samba”, no dia 7. Abrem o evento, às 9h30, Alexandre Youssef, secretário municipal de Cultura; e Raquel Schenkman, diretora do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). São realizadas duas mesas:

  • “Cenário da salvaguarda do Samba em São Paulo – Políticas culturais em âmbitos municipal, estadual e federal”, com Walter Pires (DPH / Secretaria Municipal de Cultura), Elizabeth Mitiko (UPPH / Secretaria de Estado da Cultura) e Marcos Rabelo (IPHAN / Departamento de Patrimônio Imaterial);
  • “Samba Paulistano: Memória, tradição e Linguagem”, com Moisés da Rocha (Sambista e Radialista), Maitê Freitas (Samba Sampa), Tadeu Kaçula (Sambista, Sociólogo e Pesquisador), Wagner Nogueira (Sambista e Advogado) e mediação de Ronaldo Bitello (Coordenador geral da comissão de Carnaval de Rua da Cidade de São Paulo).

Além disso, a biblioteca realiza um Cinemário com a temática “O samba no cinema”, no dia 4. Vão ser exibidos por lá “Batuque Paulista – A Trajetória do Samba de São Paulo, do Rural ao Urbano” (2016), de Thais Lopes, que participa de debate após a exibição; e “Lavapés: Ancestralidade e Permanência” (2017), filme idealizado pelo grupo de pesquisa de Performatividades e Pedagogias da Unesp sobre a escola de samba mais antiga da cidade São Paulo, fundada em 1937.

Após a sessão, rola um bate-papo com Rosemeire Marcondes, presidente da agremiação e neta da fundadora, Madrinha Eunice, e convidados.

Em parceria com a Spcine, o Dia do Samba também disponibiliza filmes na plataforma de streaming SpcinePlay, a partir do dia 2. São dois documentários: “Samba à Paulista” (2007), de Gustavo Mello, e “Lavapés: Ancestralidade e Permanência” (2017), do grupo de pesquisa de Performatividades e Pedagogias da Unesp.

A programação completinha, do jeitinho que a gente gosta, tá no site oficial da Prefeitura.

Samba de graça? SP tem! Olha só: