Cabo Polonio, o paraíso perdido no Uruguai
Existem ônibus da Rutas del Sol e da COT que vão direto de Montevidéu para Cabo Polônio. Para quem deseja sair de Punta Del Diablo, como nós fizemos, deve-se ir para Castillo num ônibus também da Rutas Del Sol e de lá seguir em outro ônibus para Cabo Polônio.
Acabamos nem esperando o ônibus. Enquanto estávamos no ponto conhecemos vários viajantes e uma grande babel se formou. Em meio aquela confusão de idiomas, o dono do albergue, onde nossos mais novos amigos se hospedaram, passou de Kombi com destino a Castilho, e ofereceu uma carona. Não perdemos a oportunidade e entramos na kombosa. Ele nos deixou na estrada de onde pegamos outra carona na caçamba de uma picape, que passaria na frente da entrada de Cabo Polônio. Uma aventura e tanto.
Toda área de Cabo Polônio é protegida e declarada Reserva Natural da Biosfera pela Unesco. Por isso somente carros autorizados podem entrar no local. Você deve iniciar a viagem na carroceria de um caminhão 4×4. Por R$17,00, ida-e-volta, em uma viagem de aproximadamente 20 minutos, esses caminhões te levam a este pequeno pedaço do paraíso. O trajeto é feito diariamente a cada duas horas, o último caminhão sai às 22 horas.
Quando descemos na vila de Cabo Polonio seguimos nossos mais novos amigos e fomos para o albergue “El Viejo Lobo Hostel”. Em um quarto de casal, extremamente simples, com uma rede mosqueteira, pelo preço de R$ 100 a diária (pagos no cartão de crédito), desfrutamos uns dos mais belos dias de nossas vidas.
Deixamos as mochilas no quarto e fomos conhecer a vila. Nenhuma casa é igual a outra, tudo é muito colorido, quiosques com cara de feira hippie vendem artesanatos, e grafites psicodélicos enchem as ruas de vida. As praias de Cabo Polonio são cercadas por dunas e proporcionam uma paisagem espetacular, sem falar é claro no pôr do sol inacreditável que pudemos presenciar. O mais lindo que já vimos até hoje.
Entardecer[/img]
Para tomar banho era preciso ser rápido. A pouca água que sai do chuveiro é levemente aquecida por um painel solar. E a pequenina luz de led do quarto, funciona por algum tempo e é propiciada por um gerador que funciona algumas horas do dia.
Quando a escuridão toma conta da vila, vamos seguindo as pequenas luzes de velas que encontramos e chegamos a uma pizzaria super charmosa e com uma carta de vinhos muito boa. Comer em Cabo Polônio não é muito barato, lá existem restaurantes muito bons, mas pra quem quiser economizar, é melhor levar umas compras na mochila! A noite foi embalada por um senhor uruguaio que chegou no restaurante cantando músicas de Djavan,e se empolgou e parou por lá.
Farol ao anoitecer[/img]
No outro dia fomos conhecer as dunas que cercam a vila. Quem tiver com dinheiro pode procurar agências como a Cabalgatas Valiceras. Eles oferecem passeios a cavalo que duram até nove horas, nos quais se atravessam todas as dunas e rios, mas também dá pra fazer como nós e andar a pé até aonde der.
A caminhada mais concorrida é para o Cerro Buena Vista, o ponto mais alto de Cabo Polonio. Outro lugar para se contemplar a vista é o topo do farol, para chegar até lá se deve subir com cuidado uma escadaria de 132 degraus. A rota até o farol é o melhor lugar para ver de perto os leões marinhos que ficam deitados envolta.
A noite fomos ao mercado, todo de madeira, lembra os mercados do século 20 no Rio de janeiro. E lá vende de tudo, queijos, vinhos, pães, embutidos, e a meia luz do local dava um clima romântico e bucólico. Compramos mais um vinho e passamos mais uma noite de pizzas e vinhos.
No outro dia ainda deu tempo de pegar um solzinho na praia assim que acordamos e partir, com uma imensa tristeza no coração por deixar aquele pedacinho do céu pra trás.
Para saber mais sobre Cabo Polonio acesse o Portal de Cabo Polonio ou o site oficial. Nossa próxima parada foi o famoso balneário de Punta del Este. Badalado e charmoso é o queridinho dos brasileiros. Veja tudo sobre o nosso mochilão para o Uruguai e não deixe de nos acompanhar pelo Facebook, Twitter e Instagram para saber das novidades.
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