Este adoçante popular acaba de ser classificado como possivelmente cancerígeno

A substância acabou sendo incluída pela OMS no grupo 2B de cancerígenas

OMS classifica adoçante como possivelmente cancerígeno
Créditos: iStock/zeljkosantrac
OMS classifica adoçante como possivelmente cancerígeno

O aspartame, um adoçante artificial encontrado em refrigerantes dietéticos da Coca-Cola e em gomas de mascar, foi classificado como possivelmente cancerígeno pelo Comitê Especializado em Aditivos Alimentícios (JECFA) da Organização de Comida e Agricultura (FAO), juntamente com a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Após semanas de discussão, as entidades decidiram incluir o aspartame no grupo 2B de cancerígenos, o que indica que há evidências limitadas de que o adoçante pode causar câncer.

No entanto, o consumo da substância continua considerado seguro se mantido dentro da quantidade diária de 40 mg por quilo de peso corporal.

O grupo 2B é designado para substâncias em que existem evidências limitadas, porém não conclusivas, de sua ligação com o câncer em seres humanos, ou dados convincentes de câncer em animais, conforme explicaram as entidades responsáveis.

Grupo 2B

O aspartame agora se junta ao grupo 2B, que inclui outras substâncias como aloe vera, extrato de ginkgo biloba e gasolina.

O IARC divide os produtos cancerígenos em quatro grupos, sendo eles:

  • 1 – cancerígeno;
  • 2A – provavelmente cancerígeno;
  • 2B – possivelmente cancerígeno;
  • 3 – sem classificação sobre o risco de câncer.

É importante destacar que essa classificação não indica o grau de perigo de câncer de cada substância, mas sim a quantidade de evidências científicas disponíveis para cada uma delas.

Quantidade segura de aspartame

O aspartame é um dos adoçantes artificiais mais amplamente utilizados no mundo, contendo dois aminoácidos, o ácido aspártico e a fenilalanina. Sua doçura é cerca de 200 vezes maior que a do açúcar, o que requer o uso da substância em baixas quantidades.

O JECFA enfatiza que a quantidade diária aceitável de aspartame é de 40 mg por quilo de peso corporal. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg teria que consumir entre nove e 13 latas de refrigerante dietético para exceder essa quantidade.

Francesco Branca, diretor do Departamento de Nutrição e Segurança da OMS, comentou que embora a segurança do aspartame acabe não sendo uma grande preocupação nas doses normalmente utilizadas, alguns efeitos potenciais acabaram descritos e precisam de investigação por meio de estudos mais aprofundados e abrangentes.