Seu trabalho é o que você ouve
As infinitas possibilidades de influência da música na vida das pessoas incluem o universo do trabalho. Em que medida isso afeta a sua rotina?
Quem nunca se percebeu, de repente, cantarolando – mentalmente ou em alto som, se preferir – uma música que traduzia exatamente o que sentia naquele instante? Ou teve uma ideia brilhante enquanto ouvia o seu álbum favorito, e que provavelmente se perdeu porque você não tinha à mão um bloco de notas? Quantas vezes as canções não são capazes de amplificar ou transformar um sentimento de alegria, de tristeza ou de coragem, a ponto de levar as pessoas a tomarem decisões cruciais de vida?
A influência da música na emoção das pessoas é algo tão marcante que, até mesmo antes de surgir o cinema falado, os filmes já eram projetados para a plateia com música executada ao vivo. Hoje, já alcançamos a noção de que um filme não é o mesmo se trocamos a sua trilha sonora. Que o diga Quentin Tarantino, diretor ovacionado por suas combinações matadoras de Ennio Morricone, Ray Charles e Elmer Bernstein, que chega a criar cenas para seus filmes a partir de achados do seu acervo pessoal.
Estamos provavelmente longe dessa verve compositora e definitivamente não pretendemos elevar as emoções a tal extremo no auge da rotina, mas será que poderíamos explorar melhor as possibilidades da trilha musical em nosso cotidiano de trabalho? Se você é mais um que se percebe atraído pelo fone de ouvido toda vez que o colega ao lado começa a falar no telefone como se o interlocutor estivesse em meio a uma torcida de futebol, a resposta é sim.
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