Movimento de mulheres colhe assinaturas para criação de creches nas universidades
Segundo pesquisa da Associação nacional de dirigentes das instituições federais de ensino superior (Andifes), em levamento de 2011, as mulheres representam 57,5% das vagas ocupadas nas instituições de ensino superior federais, e também a maior taxa de evasão ocorre entre as mulheres, sendo 68% dos trancamentos de matrícula por parte de mulheres decorrentes da licença maternidade.
A pergunta é: como fazer com que as universidades e faculdades do país aprovem e implementem esse tipo de política? Felizmente, há diversos mecanismos, além do voto, pelos quais os cidadãos podem se engajar e participar ativamente da política.
Pelo site e-Cidadania, por exemplo, é possível criar uma ‘ideia legislativa’, ou uma sugestão de pauta a ser discutida e transformada em lei. Se uma ideia alcançar 20 mil votos da população no site, ela é encaminhada e avaliada pelo senado para virar pauta de projetos de lei do país. Qualquer pessoa pode votar, basta se cadastrar no site.
E é por meio desse recurso que a Ideia legislativa: criar creches nas universidades e faculdades do Brasil, lançada pelo movimento Mulheres Unidas RS está coletando assinaturas para levar ao senado o assunto. Até o momento, a ideia já conta com cerca de 4 mil votos de apoio, e o prazo máximo para votar é dia 2/8.
A proposta defende em seu texto que o Governo Federal deve viabilizar o acesso de mães ao ensino superior “seja através de incentivos para as universidades e faculdades particulares, seja por projetos nas universidades públicas. As universidades precisam acolher as pessoas e entender suas demandas, esse é o princípio básico da isonomia no país. Todas as pessoas tem direito à educação com qualidade. Queremos creches nas universidades do Brasil. Não é mais aceitável que principalmente as mães sejam prejudicadas nesse processo.”
“A proposta lançada no portal da cidadania alerta para as dificuldades enfrentadas por quem trabalha o dia inteiro e depois vai para a universidade estudar sem ter com quem deixar o filho ou filha. Não basta criar mecanismos para facilitar o acesso nas universidades. É preciso que se criem propostas para a continuidade dos que ingressam”, informou nota oficial.
Se a sua ideia for aprovada, ela será avaliada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa e poderá tramitar formalmente no Senado.
Neste link você pode ler mais sobre a proposta e votar.
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