Encontros

Combate ao racismo: “Não dá mais só ser sensibilizado”

O racismo estrutural foi tema do primeiro Causando Encontros.

Beatriz Guedes

O racismo estrutural foi tema do primeiro Causando Encontros. Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, analisa como as empresas devem debater essa questão.

Em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, surgiu um novo debate no Brasil e no mundo em relação ao papel da sociedade civil, organizações e empresas no combate ao racismo estrutural, após a indignação coletiva causada pela morte de George Floyd, nos Estados Unidos.

A primeira edição do projeto Causando Encontros, promovido pela Catraca Livre em parceria com o Festival Path, com o objetivo de conectar lideranças empresariais a protagonistas de lutas sociais de diferentes frentes, teve o combate ao racismo estrutural como tema central, e tratou principalmente sobre o papel das empresas nessa questão.

Adriana Barbosa, CEO da PretaHub, fundadora da Feira Preta e uma das convidadas do bate-papo, aponta que quanto mais as pessoas negras obtêm sucesso, mais há casos de racismo. “Eu vejo as empresas colocando isso como uma pauta. Algumas até fazendo com um certo grau de profundidade. Mas me irritou muito as muitas telas pretas sem um aprofundamento, sem uma reflexão, sem uma ação”, analisa.

A fundadora da Feira Preta explica que é preciso pensar em ações que vão além de entender o racismo estrutural. “A gente está num estágio que não dá mais só ser sensibilizado […] Se a gente está em um processo que é sistêmico e estruturante, a gente precisa ter uma ação sistêmica e estruturante ”, reflete Adriana.

Confira uma pequena parte da participação da CEO da PretaHub na primeira edição do Causando Encontros. E para assistir o debate na íntegra é só clicar no link: