Inteligência Artificial desfaz estereótipo de pessoa com fome
Campanha de ONG americana mostra que perfil de indivíduos que enfrentam carência de alimentos nos EUA não obedece a padrões imaginados pelo senso comum
Há uma expressão que diz: “Cara feia pra mim é fome”. Mas qual é o rosto da pessoa com fome?
Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.
https://www.youtube.com/watch?v=d-VsYgmqbKs
Talvez você não tivesse imaginado que fosse essa do vídeo acima. E, de alguma forma, ela é real, mostra uma campanha da ONG americana Feeding America.
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A fisionomia que vemos foi gerada por um programa de Inteligência Artificial. Foram cruzadas mil fotos de pessoas atendidas por bancos de alimentos da ONG.
O resultado foi o perfil médio da pessoa com fome no EUA. E surpreendeu os próprios realizadores da campanha.
O retrato da pessoa com fome
Nada da imagem de criança desnutrida. De uma pessoa em situação de rua. Ou de um olhar cadavérico.
As estatísticas explicam o rosto da pessoa com fome nos EUA: mais da metade dos atendidos pela Feeding America tem emprego.
Então, o que caracteriza o cenário de falta de comida à mesa dessas pessoas?
É o que contam as vozes no vídeo, pronunciadas através dos lábios da personagem criada por Inteligência Artificial.
Como um pai solteiro de duas crianças que tem três trabalhos e, ainda assim, não consegue alimento suficiente para a família.
Ou de um adolescente de 16 anos em seu primeiro emprego. Sua remuneração mal dá para alimentar as irmãs mais novas.
Você poderia passar por eles na rua e não perceber que fazem parte do grupo de 37,2 milhões de americanos que passam fome.
Ou 1 em cada 9 habitantes do país. Essa proporção já foi maior – 1 em cada 8 –, mas ainda é alarmante.
A campanha foi assinada pelas agências Leo Burnett e Ad Council.
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