Mães atípicas debatem políticas públicas em seminário

Durante o evento, foi levantada a questão da necessidade de mais resistência, maior união entre as mães atípicas e do direito de seus filhos estudarem

Conteúdo por Lupa do Bem
26/11/2024 10:30

Neuza Nascimento

Mães atípicas debatem políticas públicas em seminário
Mães atípicas debatem políticas públicas em seminário - Divulgação

O Centro de Mulheres de Favelas e Periferias (CEMUFP), o projeto Mulheres que Fazem do CDD (Cidade de Deus) e o Centro de Estudos e Ações Culturais e de Cidadania (CEACC) se uniram para realizar o Seminário Educativo de Mães Atípicas, na Cidade de Deus, Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Durante o evento, foi levantada a questão da necessidade de mais resistência, maior união entre as mães atípicas e do direito de seus filhos atípicos estudarem. Também foi discutido o não cumprimento total das leis que protegem crianças e adultos com necessidades especiais. 

Denise Matos, idealizadora e coordenadora do Mulheres que Fazem do CDD, opina sobre o encontro: “A meu ver, além de aprendermos muitas coisas que não sabíamos através da troca, também tivemos a oportunidade de passar informações de grande importância para as mães participantes”.

Dayane Gomes, mãe de uma criança autista de 8 anos, afirma que a oportunidade de participar do seminário foi extremamente importante. “Pudemos dialogar, colocar ideias em movimento, tirar dúvidas, pois nossa luta é muito grande. Meu filho, por exemplo, está há mais de 90 dias sem tratamento. Todo dia é uma luta, um desejo e um direito sendo descumprido”. 

Ana Paula Celso, diretora de relações públicas do Centro de Mulheres de Favelas e Periferias, é moradora de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e diz que a reunião foi um avanço nas conquistas das mães atípicas e que, juntas, estão criando um movimento cada vez mais forte. 

“Estamos tentando fazer esses seminários para conscientizar as pessoas sobre as necessidades dessas crianças e de suas mães que, na maioria das vezes, estão na luta sozinhas. Nosso lema é que juntas somos mais fortes. Justamente para nos fortalecer, para não nos desanimar. Todos sabemos que a luta individual é muito árdua, então, quanto mais pessoas fortes se unirem, mais nos fortalecemos”, explica.

Centro de Mulheres de Favelas

O Centro de Mulheres de Favelas foi fundado em julho de 1986 na comunidade do Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Ele surgiu como resultado dos trabalhos realizados dentro das comunidades na área de saúde materno-infantil, educação em creches domésticas e comunitárias. 

Durante o evento, foi levantada a questão da necessidade de mais resistência, maior união entre as mães atípicas e do direito de seus filhos atípicos estudarem.
Durante o evento, foi levantada a questão da necessidade de mais resistência, maior união entre as mães atípicas e do direito de seus filhos atípicos estudarem. - Divulgação

O Centro nasceu com o objetivo de promover a interlocução e a troca de saberes entre outros setores organizados da sociedade civil, criando espaços de parcerias e estabelecendo contato com órgãos da administração pública. 

Além disso, propõe ações afirmativas que beneficiem as mulheres, combatam a opressão e toda forma de discriminação social, e, com isso, resgatam e garantam o direito à construção da identidade das mulheres.

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Neuza Nascimento – Lupa do Bem

Causadora de Educação