Adolescente de 15 anos foi morto por sargento da PM, diz investigação

Guilherme Silva Guedes foi morto após ser sequestrado na madrugada do último domingo, 14, em frente à casa de sua avó, na Vila Clara

17/06/2020 18:03

Guilherme Silva Guedes é mais uma vítima da violência policial
Guilherme Silva Guedes é mais uma vítima da violência policial

O sargento Adriano Fernandes de Campos, 41, do Baep (Batalhão de Ações Especiais) de São Bernardo do Campo, seria um dos responsáveis pelo assassinato do adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos. Segundo informações do UOL, a investigação ainda deve confirmar a suspeita.

Guilherme foi sequestrado na madrugada do último domingo, 14, em frente à casa de sua avó, na Vila Clara, região de Americanópolis, zona sul de São Paulo, e encontrado por familiares no Instituto Médico Legal um dia depois. Com tiros nas mãos e na cabeça, familiares acusam um policial que trabalha como segurança em um galpão da região de confundir o jovem com um assaltante e assassiná-lo.

De acordo com a reportagem, duas investigações paralelas estão em andamento, uma delas feita pela Corregedoria da PM e a outra pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil.

Em entrevista ao UOL, o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP, confirmou a identidade do suspeito e informou que ele ainda não foi encontrado. Porém, antes da perícia, não é possível afirmar que foi ele quem atirou em Guilherme.

Também há outro soldado da PM, chamado Paulo, suspeito de ter participado diretamente do assassinato do adolescente.

Vidas Negras Importam. Ou deveriam

O assassinato de Guilherme foi, então, o estopim para uma forte reação nas ruas da zona sul de São Paulo na noite da última segunda-feira, 15. As primeiras manifestações, no entanto, tiveram início na cidade de Diadema, onde Guilherme morava.

Amigos da vítima e populares indignados com o caso saíram às ruas da cidade para protestar e entraram em confronto com soldados do patrulhamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Bombas de gás foram utilizadas pela GCM para dispersar os manifestantes que respondiam atacando peras contra as viaturas, segundo versão da prefeitura de Diadema.