Após denúncia, Câmara do Rio discute impeachment de Crivella
Após denúncia contra Crivella, vereadores da oposição se reúnem em plenário nesta quinta-feira, 12, para discutir a admissibilidade do impeachment
Com maior índice de rejeição na prefeitura do Rio de Janeiro em 25 anos, Marcelo Crivella (PRB) se torna nesta quinta-feira, 14, alvo de dois pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Vereadores da capital fluminense.
Os pedidos foram protocolados pelo vereador Átila Alexandre Nunes (MDB) e pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) com Isabel Prado Lessa, presidente do diretório municipal do PSOL.
A sessão, que acontecerá em caráter extraordinário, interromperá o recesso parlamentar previsto até o fim do mês. A discussão sobre o tema teve apoio de 17 parlamentares da oposição que assinaram o requerimento necessário para debater o impedimento de Crivella.
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Em resposta à movimentação, outros 17 parlamentares – da base governista do prefeito – assinaram um documento contrário à proposta de impeachment, num claro gesto de defesa ao prefeito.
A sessão
Questões sobre a sessão desta quinta-feira, como a quantidade de votos necessários para a admissão do impeachment, dependem da Procuradoria da Câmara. Além disso, não se sabe se os vereadores se pronunciarão em plenário. Para a oposição, 17 votos são necessários, já a Casa entende que são necessários 34.
Ainda de acordo com o presidente da Casa, o vereador Jorge Felippe (MDB), a sessão tem como objetivo “deliberar o recebimento das denúncias de infração político-administrativa contra o Excelentíssimo Senhor Prefeito”.
A denúncia
Em meio à crise, polêmicas e promessas não cumpridas, Marcelo Crivella se tornou alvo dos pedidos de impeachment após denúncia feita pelo jornal “O Globo”. Na ocasião, o prefeito foi flagrado numa reunião secreta com pastores no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, onde garantiu solucionar questões relacionadas ao IPTU e subsidiar cirurgias de catarata.
No áudio divulgado pelo jornal, Crivella enfatiza: “Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para esses processos andarem. Temos que dar um fim nisso”.