Após estuprar filha de 10 meses, homem pesquisou como saber se bebê está morto

Ele ligou para o 911, o número do serviço de emergência dos EUA, aproximadamente uma hora depois do crime

11/10/2020 19:50

Um bebê de dez meses morreu depois de ser estuprada pelo próprio pai, de 29 anos, em Montgomery, na Pensilvânia (EUA). Depois da violência sexual, ele pesquisou no Google: “Como posso saber se um bebê está morto?”, “E se você não ouvir o coração ou os batimentos do bebê?” e “Meu bebê não está respirando”.

Após estuprar filha de 10 meses, homem pesquisou como saber se bebê está morto
Após estuprar filha de 10 meses, homem pesquisou como saber se bebê está morto

Segundo o Daily Mail, os policiais que atenderam ao chamado, realizado uma hora depois do crime, encontraram a fralda saturada de sangue. Eles tentaram reanimar a criança no local e a levaram ao hospital, mas ela não resistiu aos ferimentos — trauma retal e contusão no crânio.

Os promotores da Pensilvânia afirmam que o pai estuprou a filha enquanto deveria cuidar do bebê, na noite de sábado, 3.

Acusado de agressão sexual agravada, estupro de uma criança, relação sexual desviante involuntária e agressão indecente agravada, o homem está preso e tem uma audiência marcada para o dia 13 deste mês.

Como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança

Em 2015, foram mais de 14 mil casos de abuso sexual reportados
Em 2015, foram mais de 14 mil casos de abuso sexual reportados

Diariamente, crianças e adolescentes são expostos à violência sexual. Até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.

Isso se dá por inúmeros fatores como, por exemplo, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas (que às vezes não entendem o que está acontecendo com elas) e pela “vergonha” e falta de informação sobre o assunto de familiares.

Tipos de abuso infantil

Criança não tem culpa pelo abuso
Criança não tem culpa pelo abuso

É importante lembrar que abuso sexual, violência sexual e pedofilia são coisas distintas. Segundo o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes:

  • Pedofilia: Consta na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas. O Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não preveem redução de pena ou da gravidade do delito se for comprovado que o abusador é pedófilo.
  • Violência Sexual: A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).
  • Abuso sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da relação familiar (pais, padrastos, primos, etc.), de proximidade social (vizinhos, professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica.
  • Exploração sexual: É a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes conseguido por meio de pagamento ou troca. A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador, intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual.

*Grooming consiste em ações de sedução cometidas por um adulto para contatar uma criança pela Internet com o objetivo de ganhar sua confiança e amizade.
**Sexting é a troca de mensagens virtuais de conteúdo sexual por meio, principalmente, de celulares