Bandeira de PE é confundida com símbolo LGBTQIA+, e repórter é atacado no Catar
País árabe criminaliza relações afetivas entre pessoas do mesmo sexo, com prisão e possibilidade de até pena de morte
O jornalista recifense Victor Pereira usou as redes sociais para relatar que atacado durante a cobertura da Copa do Mundo no Catar após policiais confundiram a bandeira do estado de Pernambuco, que tem um arco-íris, com o símbolo da comunidade LGBTQIA+.
“Fui atacado por alguns integrantes do Catar e também policiais, porque eles vieram pra cima das meninas achando que era uma bandeira LGBT, mas na verdade é apenas a bandeira de Pernambuco”, disse jornalista em vídeo publicado no Twitter, nesta terça-feira, 22.
O país islâmico criminaliza as relações afetivas entre pessoas do mesmo sexo, com prisão e até a possibilidade de pena de morte.
O jornalista contou ainda que os policiais tomaram seu celular e só devolveram após ele deletar o vídeo da abordagem e das agressões sofridas.
Fomos abordados por conta da bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris e acharam que era a bandeira LGBT. Tomaram o meu celular e só me devolveram quando deletei o vídeo que tinha. pic.twitter.com/7X2oal8bq1
— Victor Pereira (@ovictorpereira) November 22, 2022
“Fui filmar e eles pegaram meu telefone, me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz. Eu só consegui meu celular de volta porque eu deletei o vídeo que eu fiz. Isso é um absurdo, pq a gente tem autorização da Fifa pra filmar absolutamente tudo aqui no estádio”, reclamou o repórter recifense, segundo o qual, os agentes chegaram a jogar a bandeira no chão e pisar nela.
O jornalista recifense Victor Pereira, que mora em Portugal, está no Catar para cobria a Copa do Mundo para um pool de empresas jornalísticas do Nordeste.