Bolsonaro afirma que sai da presidência em 2027

"Democracia pede a sua renúncia ou impeachment", disse um homem em frente ao Palácio da Alvorada

10/05/2020 20:26

Neste domingo, 10, na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que permanecerá no cargo até o fim do segundo mandato, contando com a reeleição em 2022. A declaração foi dada depois de um homem alegar a necessidade de uma renúncia ou de um impeachment para o bem da democracia.

“Vou sair dia primeiro de janeiro de 2027”, respondeu Bolsonaro ao homem, que foi vaiado pelos apoiadores do presidente.

Bolsonaro afirma que não renunciará ao cargo
Bolsonaro afirma que não renunciará ao cargo - Agência Brasil

A postura diante da pandemia e as saídas dos ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta aceleraram a crise que marca o governo Bolsonaro. Antes do coronavírus, já havia o caso Queiroz, as queimadas, as declarações polêmicas e os problemas econômicos.

A Câmara dos Deputados já recebeu mais de 30 pedidos de impeachment.

Caso Queiroz foi a primeira grande crise do governo
Caso Queiroz foi a primeira grande crise do governo

Gastos do cartão corporativo

Ainda neste domingo, na mesma oportunidade, Bolsonaro minimizou os gastos com o cartão corporativo, alegando que o dinheiro foi usado para repatriar brasileiros que estavam Wuhan, no início da crise do coronavírus.

De acordo com uma reportagem de “O Estado de S. Paulo”, a fatura do cartão corporativo do presidente  chegou a R$ 3,76 milhões, valor maior do que foi gasto por governos anteriores, de Dilma e Temer.

O total de despesas sigilosas da Presidência também subiram, que inclui gastos do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência): 122% a mais do que foi contabilizado no mesmo período do último ano do governo Temer.