Bolsonaro pede para que brasileiros lutem contra coronavírus

Na manhã seguinte ao pronunciamento, presidente ainda disse que a esquerda quer transformar a pandemia da covid-19 em caos para voltar ao poder

Nesta quarta-feira, 25, manhã seguinte ao pronunciamento dado tem rede nacional sobre o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar com a imprensa e com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. E, mesmo sendo intensamente criticado por políticos, entidades governamentais e redes sociais, manteve o discurso repetido na noite anterior.

E foi ainda mais incisivo: “O que precisa ser feito? Botar esse povo pra trabalhar e preservar os idosos, mais nada além disso. Todos nós pagamos o preço que levará anos para ser pago, se é que o Brasil não pode sair ainda da normalidade democrática que vocês tanto defendem.”

A respeito disso, um jornalista chegou a tentar questioná-lo sobre o que ele quis dizer com “normalidade democrática”, mas Bolsonaro se irritou e o interrompeu: “O caos vai fazer com que a esquerda se aproveite para chegar ao poder”.

Secretários de saúde condenam pronunciamento de Bolsonaro

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Créditos: reprodução/Twitter
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O presidente também condenou a atitude de governadores e prefeitos que estão orientando o isolamento social. “O que alguns governadores e prefeitos estão fazendo com o Brasil é um crime. Estão destruindo empregos. E aqueles que dizem ‘ah, a economia é menos importante que a vida’? Cara pálida, não desassocie uma coisa de outra. Sem dinheiro, nós vamos viver do que?”.

Depois, Bolsonaro foi bastante incisivo e criticou Wilson Witzel (PSC-RJ) e João Doria (PSDB-SP). “Governadores de Rio e São Paulo estão fazendo demagogia barata em cima disso, para esconder outros problemas. Se colocam juntos da mídia como salvadores da pátria. Fazem política o tempo todo. Não é esse o caminho que o Brasil deve seguir. Povo brasileiro, esqueça se você não gosta de mim, olhe a realidade.”, pediu Bolsonaro.

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Ainda, voltou a minimizar os efeitos do coronavírus e o comparou a outras doenças. “Esse vírus, eu queria que não matasse ninguém. Mas outros vírus mataram muito mais do que esse e não houve essa comoção toda (…) Ninguém quer que ninguém morra. Se as pessoas tivessem pego H1N1 teriam morrido também. Essas pessoas têm média de idade de 80 anos. Ou tem comorbidades. E aí morre de coronovírus (sic)”.

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Bolsonaro voltou a elogiar a cloroquina, remédio que ainda não foi oficialmente recomendado por nenhuma entidade de saúde, e sugeriu que brasileiros farão uso do medicamento para se tratarem da covid-19. “A FDA, a Anvisa de lá dos EUA, anunciou a liberação para alguns casos da cloroquina. Remédio produzido aqui. É a maneira de enfrentar isso daí. Não estou preocupado com a minha popularidade. Nós temos que tomar decisões nesses momentos difíceis.”

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