Brasileiros preferem as redes sociais para ser informar sobre o coronavírus

69% dos entrevistados afirmam ver notícias sobre coronavírus pelo menos uma vez por dia ou várias vezes ao dia

A grande maioria dos brasileiros (64%) prefere as redes sociais do que a imprensa (59%) para ser informar sobre a pandemia do novo coronavírus (covid-19). É o que aponta uma pesquisa feita pela agência de comunicação Edelman divulgada na semana passada.

O comportamento dos brasileiros é contrário ao resultado dos outros nove países onde o levantamento foi feito. Para 64% dos participantes que vivem na África do Sul, Alemanha, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, a imprensa foi apontada como a fonte de informação mais utilizada.

Pacientes infectados com o novo coronavírus são vistos em um hospital em Wuhan, onde começou a pandemia
Créditos: foto Gov Cn
Pacientes infectados com o novo coronavírus são vistos em um hospital em Wuhan, onde começou a pandemia

As redes sociais e amigos e familiares ocupam as últimas colocações do estudo. Vale destacar que a pesquisa foi realizada entre 6 e 10 de março, pouco antes da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar o vírus como uma pandemia.

Busca por informação

Sete entre dez dos entrevistados afirmaram buscar notícias sobre a pandemia ao menos uma vez por dia, sendo que 33% dizem que estão checando várias vezes ao dia. Estes números sobem em países como Itália, Coreia do Sul e Japão, onde os surtos foram maiores.



Fontes com mais credibilidade, como cientistas, médicos e funcionários da OMS, são os porta-vozes mais confiáveis: 85% dos entrevistados disseram querer ouvir mais os cientistas e menos os políticos, representantes do governo e jornalistas, que aparecem com apenas 50% de confiabilidade.

A pesquisa também revela que 58% dos entrevistados nos dez países acreditam que certas pessoas estão fazendo a situação parecer pior do que é para obter vantagem política.