Câmeras do metrô não registram estupro de estudante em SP
A investigação continua para apurar se a jovem foi vítima de violência sexual e em qual local isso teria ocorrido
O estupro de uma estudante de 18 anos dentro da estação Sacomã, na Linha 2 – Verde do Metrô de São Paulo, na última quarta-feira, 22, não foi confirmado pelas imagens de câmeras de segurança da companhia. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 28, pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A investigação continua para apurar se a universitária foi vítima de violência sexual e em qual local isso teria ocorrido. A jovem foi ouvida novamente nesta segunda-feira, 27, na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e “não confirmou o crime”, de acordo com a nota.
Ao G1, a assessoria da SSP informou que a estudante deu “versões controversas”. Além disso, as 24 imagens de câmeras do metrô entregues à investigação policial não gravaram o estupro e nem o suposto agressor que a teria atacado.
- “Agora consigo realmente ver o que é viver de verdade”, conheça influenciadora que nasceu na favela e hoje estuda na USP
- Estudo desvenda o poder do brócolis contra o câncer
- 43 filmes e séries chegam na Netflix em junho; confira!
- Depressão: Estudo aponta o que pode melhorar a saúde mental de idosos
No segundo depoimento à polícia, a jovem teria mudado a maior parte das informações dadas inicialmente. Ela manteve a versão de que foi estuprada, mas não deu certeza e afirmou que não consegue informar onde e nem como isso possa ter ocorrido.
Ainda no depoimento, a universitária alegou que sofre de síndrome do pânico, fez tratamento psiquiátrico e está há cinco meses sem tomar medicamento.
Primeiro relato
Na semana passado, a estudante contou ao G1 que estava indo para a faculdade, por volta das 17h, quando foi abordada por um homem que pediu informações na bilheteria da estação Sacomã. Depois, já na plataforma de embarque, enquanto a vítima estudava perto da escada, onde há um vão, ele a atacou.
“Quando dei por mim, senti um puxão no braço e só lembro de estar no chão, ele passar a mão em mim, rasgar toda a minha legging e foi aí que tudo aconteceu”, disse a jovem. “Eu não tive condições de fazer nada, eu paralisei, não sabia o que fazer.”
Ainda segundo a vítima, o agressor estava armado e, após o estupro, a acompanhou até uma região próxima à universidade. Totalmente apavorada, ela apenas conseguiu pedir para alguns amigos a encontrarem na porta da faculdade.
A estudante procurou atendimento médico no Hospital de São Bernardo do Campo, onde fez exames e recebeu os medicamentos anti-retrovirais e a pílula do dia seguinte. Na quinta-feira, 23, ela registrou a denúncia na 2ª Delegacia da Mulher, na zona sul.
Se ficar comprovado que ela mentiu, poderá ser indiciada por falsa comunicação de crime.