Contra racismo e Bolsonaro, protestos tomam as ruas pelo país

Houve manifestações em São Paulo, Rio, Brasília, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre

As vozes contra o racismo e também contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) se encontraram em protestos pelas ruas das cidades de São Paulo e Rio, além de Brasília, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre neste domingo, 7, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

Manifestantes se reúnem no Largo da Batata, em São Paulo
Créditos: Reprodução/TV Globo
Manifestantes se reúnem no Largo da Batata, em São Paulo

Em São Paulo, os manifestantes se reuniram no Largo da Batata, na zona oeste. No Rio, no centro, na avenida Presidente Vargas. Em Brasília, mais cedo, o protesto foi na Esplanada dos Ministérios. Em Belém, no bairro de São Brás. Em Belo Horizonte, caminharam pela avenida Afonso Pena, em direção ao hipercentro da cidade. Em Porto Alegre, a concentração foi na Esquina Democrática, no centro histórico.

Protesto no largo da Batata, em São Paulo, contra o racismo
Créditos: Tamiris Gomes
Protesto no largo da Batata, em São Paulo, contra o racismo

Em todas as cidades, o lema “Vidas Negras Importam” esteve presente, usado também nos protestos contra o racismo que explodiram pelos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd, um homem negro, por um policial branco.

Coletivos, torcidas organizadas de times de futebol, organizações de esquerda, lideranças de comunidades e representantes do movimento negro organizaram os protestos que tiveram como principais alvos a violência policial, o presidente Bolsonaro e o racismo.

Em São Paulo havia até distribuição de máscaras e álcool em gel, além de instruções de como evitar a contaminação pela covid-19, como a necessidade do distanciamento.

Segundo informações da “Folha”, policiais militares circulam entre os manifestantes com coletes identificados como “mediadores”, que conversam com representantes dos grupos organizadores. A ideia é evitar confrontos como os que ocorreram no último domingo e em protestos anteriores.

No Rio, segundo o “Globo”, há relatos de prisões de manifestantes ao chegarem ao local do protesto.

Em Brasília, as palavras de ordem também pediam mais investimentos ao SUS.

Em Belém, um grupo de cerca de 30 pessoas foram detidas também. Segundo a PM, estavam descumprindo o decreto que proíbe aglomerações por conta da covid-19.

Em Belo Horizonte, vários manifestantes se deitaram no chão no protesto, para simbolizar as vidas perdidas por causa do racismo estrutural.

Em Porto Alegre, um grupo pintava faixas para o protesto quando foi alvo de ovos jogados de um apartamento, segundo a “Zero Hora”.