Dentista presa em 2018 por racismo volta a ser detida pelo crime
Mulher continuou ameaçando vítima após ser solta da primeira vez.
A dentista Delzuíte Ribeiro de Macêdo foi presa na quinta-feira, 7, pela segunda vez, em São Raimundo Nonato (PI), sob acusação de racismo. Em abril de 2018 ela chegou a ser detida provisoriamente após postar em suas redes sociais injúrias raciais direcionadas a um bebê e sua mãe, com quem dividiu o apartamento enquanto fazia faculdade em São Paulo. Solta, Delzuíte continuou a ameaçar a vítima.
O juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), informou ter expedido o mandado de prisão preventiva e determinou que a ré seja transferida imediatamente para a Penitenciária Feminina de Teresina porque a dentista “realizou ameaças contra a vítima e seus familiares quando já tinha conhecimento da decisão judicial”.
As posts racistas de Macêdo só podiam ser vistos por seus amigos na rede social, mas prints dos textos acabaram vazando, gerando revolta entre internautas.
A vítima conta que conheceu a dentista na faculdade, quando passaram a dividir um apartamento: “Ela é desequilibrada, não dava para continuar com ela, ela não dividia as contas do apartamento, houve uma briga feia”.
Em suas postagens, Delzuíte escreve frases como “o meu (filho) é lindo e Branco!”, “Já vi que você saiu da senzala, porém a senzala ainda não saiu de você”, entre outras ofensas e injúrias, mostrando todo seu preconceito e sem parecer se preocupar com as consequências do que, na verdade, é um crime. Leia a matéria completa no Extra.
Segundo o artigo 140 do parágrafo 3 do Código Penal Brasileiro, ofender a honra de qualquer pessoa com a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem pode resultar em ação penal por injúria racial. Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado.