Doria reforça isolamento e avalia decretar lockdown em SP

Para manter idosos em casa, é avaliado uso de fiscalização policial

26/03/2020 14:57 / Atualizado em 07/05/2020 12:23

As medidas de distanciamento social adotadas contra a expansão do coronavírus até o momento em São Paulo foram avaliadas de forma positiva pelo governador João Doria (PSDB). O tucano também disse que a possibilidade de lockdown (bloqueio de circulação com fiscalização policial) está sendo estudada.

Saiba o que é e como funciona o ‘lockdown’, pelo qual o Brasil talvez precise passar

O prefeito Bruno Covas, o governador João Doria e o secretário da Saúde, José Henrique Germann, durante coletiva
O prefeito Bruno Covas, o governador João Doria e o secretário da Saúde, José Henrique Germann, durante coletiva - Divulgação/Governo de SP

Na entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 26, o governador também informou que a abordagem de idosos nas ruas pela polícia, orientando que fiquem em casa, é outra alternativa que tem sido analisada.

“Éramos 90% dos casos no Brasil e agora somos perto de 30%, mas todos os dias há acréscimo no número de casos e mortes. Tem dias com mais acréscimo e dias com menos, mas a pandemia segue crescendo”, afirmou o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.



Germann ressaltou que as medidas de restrição impostas no estado estão sendo eficientes, mas destacou que o lockdown pode ser aplicado, se a situação se agravar: “O que estamos fazendo não é um isolamento. Estamos fazendo distanciamento social. O próximo passo se houver necessidade seria o isolamento. E se houver necessidade ainda de apertar mais esse cinto, aí seria o lockdown, e a característica é o uso da força policial para manter as pessoas em casa”.

A fala do governador segue a linha acordada com os demais governadores em reunião na noite da última quarta-feira, e contraria orientações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defendeu o fim do distanciamento social, questionou a pausa nas aulas e classificou a covid-19, responsável pela pandemia, como uma “gripezinha”.