Música e sabor tailandês no Estação Catraca Livre

Por: Redação
arte por Alexandre de Maio
Cartaz de divulgação
Cartaz de divulgação

Domingo, dia 6, das 18h às 22h, acontece a última edição deste ano do Estação Catraca Livre no Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena. Durante cada edição, nossa intenção foi promover um encontro real da experiência virtual do projeto que resultou no site Catraca Livre.

Ano que vem continuaremos com as edições do Estação Catraca Livre. Aguarde as novidades!

Além da gravação ao vivo do projeto “Canções velhas para embrulhar peixes” do poeta arrudA e do compositor Peri Pane, a programação traz também shows do Experimento Prosótypo, e de Gil Duarte e Asimov Sistema de Som.

Nesta edição, trazemos duas novidades: a cozinha do Rio Verde será ocupada pelo Transthai, que venderá seus pratos a preços populares. Trata-se de uma cozinha itinerante que une essencialmente uma base gastronômica da cozinha tailandesa em sua rica mistura de ingredientes, cores e sabores, inclinadamente picantes em uma fusão ou experimentação com outras culturas gastronômicas.

A ideia do Transthai é a fusão de conceitos e criações culinárias partindo de uma origem Thai em combinação com uma cozinha-do-mundo. Uma composição que busca ir além do típico e voltada para a percepção de diferentes sentidos degustativos.

A outra novidade é a transmissão ao vivo do show de Gil Duarte e Sistema Asimov de Som pelo site Show na Web.

Programação

18h30- Canções velhas para embrulhar peixes – Leia mais

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Peri e arrudA
Peri e arrudA

O poeta arrudA e o compositor Peri Pane se conheceram durante uma viajem pela Bahia, em 2004, onde criaram sua primeira canção, no alto do morro Pai Inácio, na Chapada Diamantina. Em 2008, com mais parcerias na mochila, eles lançaram show “Canções velhas para embrulhar peixes”, em duas apresentações no projeto Cedo & Sentado, do Studio SP.

O show foi composto por parcerias inéditas, poemas de arrudA e antigas canções de Pane, com a colaboração artística de Isidoro Cobra, no baixo acústico, e Beto Montag, no vibrafone e na percussão. Na ocasião, foi lançado o libreto homônimo, com todas as letras e os poemas do espetáculo, realizado pelo coletivo Dulcinéia Catadora, em tiragem limitada e artesanal.

Em 2009, a dupla se apresentou no espaço Casa de Francisca, acompanhados por Marcelo Dworecki, no cavaquinho, violão de aço e vocais. O show teve a participação especial da cantora e compositora Alzira E. Com essa mesma formação, o trio se apresenta no Centro Cultural Rio Verde em dezembro deste ano.

19h30- Experimento Prosótypo

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A banda
A banda

O Experimento Prosótypo é uma banda performática formada dentro do coletivo Poesia Maloqueirista, que tem como princípio a adequação sonora da poesia falada à diversos ritmos musicais, dialogando com elementos cênicos, que transitam entre teatro e dança contemporânea.

Com base na levada do rock’n roll, passeia por influências que vão do blues, jazz e funk, ao miami bass, samba-rock, ska e ragga, numa proposta dinâmica e fluida. Diversos temas são abordados dentro da proposta, percorrendo universos que variam entre o lúdico e a crônica urbana, com pitadas de humor e misticismo.

Neste movimento de ritmos e vozes, a formação atual envolve os poetas Aline Binns, Berimba de Jesus e Caco Pontes, nos vocais, junto aos músicos Drizz Colours, Fadel Dabien, Marcus Binns e Rômulo Aléxis, desenvolvendo  instrumentais de guitarra, baixo, bateria, trompete, percussão e efeitos.

20h30- Gil Duarte e Sistema Asimov de Som

punksaravá produções
Gil Duarte e Asimov Sistema de Som
Gil Duarte e Asimov Sistema de Som

Experiências adquiridas na cidade de São Paulo em 4 anos de trabalho musical com diversos parceiros; formação acadêmica (e também empírica e tradicional) na cidade de Fortaleza nos anos compreendidos entre 1998 e 2003; a incessante busca pela novidade, numa pesquisa constante por diferentes sonoridades.

Essas características amalgamaram-se – e continuam solidificando-se – na personalidade artística de Gil Duarte, resultando atualmente no projeto Sistema Asimov de Som. O trabalho é uma fotografia da construção do estilo musical de Gil Duarte, onde se pode notar a riqueza da musicalidade e a preocupação com a poesia cantada. Os temas são variados, e misturam referências regionais com toques de ficção científica e cotidiano, em especial o cotidiano urbanóide de São Paulo, na visão de um nordestino em meio ao concreto cinza da metrópole.

A diáspora dos brasileiros do nordeste, em busca de melhores oportunidades no ‘sul’, é uma marca presente, e ao mesmo tempo disfarçada, no trabalho de Gil. É algo como uma filigrana de identificação, que se fazia presente também nos artistas cearenses das décadas passadas. A saudade do lar, o estranhamento, a longitude da família e dos amigos, e ao mesmo tempo a vontade de conhecer outros lugares, outros céus, outras culturas, o gosto inconsciente pelo ‘partir’, são características impregnadas na alma do cearense, em especial da classe artística. Isso já vem de meados da década de 70, com os representantes do chamado ‘Pessoal do Ceará’.

Por Redação