Free Free: o movimento que trabalha por sociedade justa para mulheres

Em dois anos, a iniciativa transformou 7.000 vidas diretamente e mais de 100 mil indiretamente

Em parceria com Free Free
21/08/2020 17:49 / Atualizado em 24/08/2020 15:38

O Free Free é antes de tudo um movimento de mudança. De transformação social. Um movimento que vem trabalhando por uma sociedade mais justa e igual para mulheres. Uma sociedade onde meninas e mulheres possam ser livres para serem quem são. Sem culpa, sem medo, sem vergonha.

Desfile-manifesto do movimento Free Free na SPFW Inverno 2020
Desfile-manifesto do movimento Free Free na SPFW Inverno 2020 - Zé Takahashi/FOTOSITE/Divulgação

Projeto de robótica capacita meninas de 6 a 17 anos em MG

Fundado por Yasmine McDougall Sterea, uma diretora criativa e editora de moda que atuou por mais de 11 anos no mercado da moda e trabalhou com grandes nomes como Rihanna, Kim Kardashian, Anitta, Gisele Bündchen e Preta Gil. Só que Yasmine não acreditava em uma moda que excluía ou ditava padrões – muito pelo contrário. A moda tem um papel importante na liberdade da mulher. A forma que nos apresentamos para o mundo diz muito sobre quem somos e nossos sentimentos. É uma forma de expressão que utilizamos no dia a dia e muitas vezes, de forma inconsciente, deixa transparecer nossa insegurança, dor, leveza ou felicidade. Por que não utilizar a moda como ferramenta de cura e libertação?

Com essa visão e com a morte precoce de sua mãe, que tirou a própria vida em uma época em que saúde emocional não era algo tão falado, Yasmine decidiu usar aquilo que sabia para transformar vidas e transformar o mundo em um lugar melhor, seja para sua própria filha, como para todas as meninas e mulheres que sentem que não se encaixam, não pertencem ou que foram condicionadas a não expressar toda a sua potência. Assim nasceu o Free Free.

Yasmine desenvolveu uma metodologia que unia vestimentas e terapias como psicodrama, neolinguística, os arquétipos de Jung e técnicas de meditação para transformar traumas e dores em liberdade. Seja nos workshops feitos em parceria com o Núcleo de Gênero do Ministério Público com vítimas, ou melhor, superadoras de violência doméstica, seja com adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Os workshops sociais foram o start do movimento. Logo o Free Free ganhou asas e sua missão de libertar mulheres se transformou em tantas outras ações: festivais, rodas de conversas, projetos de upcycling com comunidades ao redor do Brasil, ciclos de capacitação e cartilhas. Para o Free Free, a forma que chegamos à nossa missão é menos importante do que de fato o impacto gerado por nossas atividades. E em um mundo que muda mais rápido do que nunca, precisamos mudar e criar ações que transformem na mesma velocidade um Brasil que tolhe, que oprime, que violenta mulheres. Por isso agimos. Sem regras. Sem caixas do que podemos ou não fazer.

Em 2019 fizemos um desfile manifesto na São Paulo Fashion Week com mulheres de todas as cores, idades, tamanhos. Plurais como somos de verdade. Um pequeno ato de rebeldia dentro de uma indústria que contribuiu com a dor de muitas mulheres que não se consideravam bonitas, boas o suficiente ou pertencentes do universo das supostas “mulheres perfeitas”.

Hoje temos uma cultura de enaltecer as qualidades de outras mulheres e admirá-las, do jeito que são. Os dias de competição entre nós devem ficar no passado. Vamos nos unir e nos fortalecer juntas. Mas ao mesmo tempo que conseguimos admirar outras e encontrar a beleza que existe na diversidade, ainda lutamos muito para conseguir sentir o mesmo por nós mesmas. Por que é tão difícil nos amar e celebrar toda a riqueza de características que fazem a gente ser quem somos? Únicas, plurais e com a capacidade de ir atrás dos nossos sonhos.

Portanto, você, menina ou mulher que está lendo isso, ao se olhar no espelho, em vez de procurar defeitos que, vamos combinar, não são nada perto de tudo que você é, olhe nos seus próprios olhos e pense: eu vou fazer de tudo para te deixar feliz. É fundamental ter essa consciência, mesmo que no começo não seja natural, de que precisamos sim nos amar e nos sentirmos completas sabendo do nosso potencial. Para estar naquele lugar que você deseja e conquistar o seu objetivo, seja ele qual for, você até pode precisar de algumas coisas, mas a única que é indispensável é você mesma.

Mas não é só isso. Não só de amor próprio, autocuidado e da liberdade de poder se expressar fisicamente que vive o Free Free. Atuamos por mudanças reais. Mudanças estruturais. Por um Brasil com menos violência, racismo, desigualdade social e de gênero. Trabalhamos por mais equidade. Por mais mulheres no poder. Seja na esfera pública ou privada. A mudança precisa acontecer. E nosso papel é fomentar essa transformação com ações reais e eficazes. Lançamos uma campanha por mais mulheres na política com o movimento apartidário “Vamos Juntas na Política”, idealizado por Tabata Amaral.

Unimos nomes como Luiza Helena Trajano, Gabriela Prioli, Angélica, Fafá de Belém, Bela Gil, além de deputadas e ativistas de diversos estados e partidos, para mostrar que sim, política também é nosso lugar. Precisamos de mais mulheres ocupando cargos de poder, se queremos transformações reais. Quando as mortes de George Floyd, João Pedro e Miguel Otávio aconteceram, nos unimos ao Ministério Público e criamos uma campanha contra o racismo com nossas embaixadoras Thelminha, Kamilah Pimentel, Kelly Baptista, Elza Souza, Mirela Lemos e Viviana Santiago.

Com o aumento de 30% a 50% de casos de violência contra a mulher durante a pandemia da covid-19, também unimos nossas madrinhas e embaixadoras em uma campanha que mostra que a violência é sutil. Não está restrita a mulheres em situação de vulnerabilidade social, mas está presente na vida de todas nós. E isso não pode mais acontecer. Chega. O mundo mudou. A nova era chegou. Não há mais espaço para tanta violência, preconceito e desigualdade.

A mudança precisa acontecer e a educação tem um papel importante aí. Com isso em mente desenvolvemos o Ciclo Free Free e fundamos o Instituto Free Free para uma atuação social ainda mais profunda que hoje faz parte da Holding Plano Free Free. No Ciclo trabalhamos três pilares: saúde emocional, física e financeira.

Uma mulher livre é dona do seu dinheiro. E aqui trazemos profissionais líderes em suas áreas para capacitar mulheres que precisam recomeçar. Seja porque passaram por uma violência. Seja porque perderam o emprego. Seja porque não conseguiram se recolocar no mercado de trabalho quando voltaram da licença-maternidade. Em nossa jornada percebemos que, para uma mulher ser livre, ela precisa ter independência financeira. E isso reflete diretamente a grande desigualdade que vivemos, onde mulheres ainda recebem menos, encaram jornadas duplas e se decidem ser mães então, as dificuldades só aumentam. Mas somos lobas. Somos zebras. Somos guerreiras. Precisamos estar juntas para transformar essa realidade que ainda não é favorável.

Como você pode ver, o Free Free atua. Faz acontecer. Não importa como. Identificamos onde estão os problemas e procuramos soluções rápidas. Eficazes. Não queremos nos rotular. O Free Free é uma plataforma? Um instituto? Um projeto? Não importa. O que importa é que em apenas dois anos transformamos 7.000 vidas diretamente e mais de 100 mil vidas indiretamente. Não queremos nos enquadrar em uma caixinha predefinida do que somos. E quer uma dica? Você também não deve tentar se enquadrar. Estamos crescendo e em constante evolução. Se permita ser quem você é e viver aquilo que acredita.

Nosso objetivo aqui, através desse espaço, é compartilhar com vocês um pouco daquilo que fazemos e contribuir para que mais mulheres e meninas sejam livres para decidir o que querem da sua vida. E como aquela amiga que recomenda um filme, série ou livro porque sabe que irá ajudar para o nosso desenvolvimento pessoal, ou mesmo coletivo como mulheres, acabou de ser lançado o livro “Eu Decido Ser Eu”, da fundadora do Free Free, Yasmine McDougall Sterea. Se você quer entender o que é o Free Free e ter em mãos um guia prático, fácil e honesto de como encontrar sua potência, essa leitura é para você!  Durante a semana serão feitas diversas lives para o lançamento do livro com Thelminha, Dudu Bertholini, Mariana Goldfarb, Emily Ewell, CEO da Pantys, e Carol Sandler do Finanças Femininas. Então segue a gente em @freefree.xx, no Instagram, para acompanhar toda essa troca de liberdade.

Se até agora você se sentia sozinha e sem pertencer a lugar nenhum, pode confiar, você não está. Estamos juntas. Vamos ser livres. Vamos ser Free Free.