Governo entrega plano de vacinação da covid-19 ao STF

Documento cita a CoronaVac e estima 108 milhões de doses na primeira fase de vacinação

12/12/2020 17:13

O Ministério da Saúde entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o Plano Nacional de Imunização contra a covid-19. O documento com 96 páginas detalha como será o esquema de  vacinação no país, o público prioritário e informa que governo garantiu 300 milhões de doses de vacinas para imunizar a população.

O envio do plano se antecipou ao julgamento do STF que estava marcado para cobrar a apresentação, por parte do governo federal, de um plano de vacinação.

O documento elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde cita acordo para aquisição da vacina da Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses, até julho/2020 e mais 30 milhões de doses/mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses) e Pfizer (70 milhões de doses em negociação).

Vacina contra covid-19 não será dada a toda população, diz Ministério da Saúde
Vacina contra covid-19 não será dada a toda população, diz Ministério da Saúde - iStock/Geber86

Além disso, o plano ainda cita a CoronaVac, como uma das 13 principais vacinas na fase 3 de pesquisa clínica no mundo. O imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan tem sido a grande aposta do governo paulista, mas já foi ignorado pelo presidente Jair Bolsonaro que tem rixa com o governador paulista João Doria.

De acordo com o plano, na primeira fase, serão priorizados os trabalhadores de saúde; as pessoas com 80 anos ou mais; as pessoas de 75 anos a 79 anos; pessoas de 60 anos ou “mais institucionalizadas”; e indígenas.

Na segunda fase, entram as pessoas de 60 a 74 anos. Na terceira fase, pessoas com comorbidades serão imunizadas. Aqui entram aquelas com diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, transplantados de órgão sólido, obesos graves, pessoas com câncer e com anemia falciforme.

Já a quarta fase inclui professores, forças de segurança e funcionários do sistema prisional.