‘Todas merecem ter gravidez e parto saudáveis’, disse Serena
No dia 10 de janeiro, quatro meses após dar à luz a sua primeira filha, a tenista Serena Williams falou sobre as complicações que viveu no pós-parto, ocorrido no dia 1º de setembro de 2017.
Por conta de coágulos em seu pulmão, a tenista norte-americana precisou passou por procedimentos cirúrgicos depois do nascimento de Alexis Olympia Ohanian Jr.
Em entrevista à Vogue, ela contou que passou as seis semanas seguintes ao parto sem conseguir sair da cama. Sem tomar seus medicamentos usuais para evitar coágulos no sangue, em razão do parto, ela sofreu forte mal-estar, o que exigiu exames e novos procedimentos.
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A atleta tomava remédios para evitar os coágulos desde 2010, após sofrer cortes no pé e complicações, como a presença de coágulos no pulmão. A sequência de problemas de saúde afastou a tenista das quadras por dez meses na época.
Após dar a luz, o início de embolia pulmonar deixou a tenista com muita tosse. E uma das crises de tosse abriu o corte da cesariana, gerando rápida hemorragia em seu abdome. Os médicos precisaram fazer nova cirurgia para drenar o sangue e fechar a ferida. Por essa razão, ela passou as semanas seguintes ao parto sem sair da cama.
Em um post no Facebook, publicado em 15 de janeiro, Serena disse que a equipe médica demorou a dar a medicação correta para os coágulos, mesmo depois de ela identificar o problema, que já tivera anteriormente, e pedir o remédio. Ao compartilhar sua experiência, ela contou ter ficado surpresa com a repercussão.
“Não esperava que que o tema fosse gerar tanta discussão entre mulheres – especialmente mulheres negras – que enfrentaram complicações similares e por mulheres que tiveram seus problemas ignorados”, escreveu.
Falando em estatísticas, a atleta citou dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), que aponta para o fato de que mulheres negras tem de três a quatro vezes mais chances de morrer por uma causa relacionada à gestação do que mulheres brancas.
“Temos muito o que conversar como nação e espero que minha história inspire uma conversa que torne possível diminuir essa diferença”, reforçou. “Deixe-me ser clara: TODAS as mães, independente de raça ou classe social, merecem ter gravidez e parto saudáveis. Eu pessoalmente quero que mulheres de todas as cores tenham a melhor experiência possível”.
Pra finalizar, ela declarou que sua experiência pessoal não foi ótima, mas foi a que ela teve. “Me fez mais forte e me fez apreciar mulheres, com ou sem filhos, ainda mais. Somos poderosas!”
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